Cerveja boa é a cerveja que você gosta.
Isto posto, começamos aqui a nos apresentar. Gosto é gosto e nós, Lupulinas, já gostamos de tudo um pouco em matéria de cerveja. Nós duas convergimos e divergimos nesta matéria, mas o prazer está sempre em primeiro lugar.
Decidimos que nosso blog, este blog, vai falar sobre cervejas artesanais. Artesanais, sim, porque feitas com arte. A Grande Indústria pode até chamá-las de outra maneira para conseguir um preço mais alto no mercado, mas essas cervejas que são nosso foco não são ‘especiais’ e nem ‘premium’. Elas são artesanais. Feitas na garagem, no quintal, num pequeno galpão, até mesmo numa fábrica com enormes tanques, mas sempre fora do esquema da Grande Indústria.
Elas são caras? Sim. Porque não há incentivo à pequena indústria cervejeira brasileira. Para citar um exemplo: no país que superdesenvolveu esta indústria nos últimos anos, os Estados Unidos, se você for um pequeno cervejeiro, só pagará impostos depois de 1 milhão de litros produzidos. Aqui no Brasil. você pagará a mesma taxa produzindo 20 ou 200 mil litros. Por isso e por usar muitos ingredientes importados, a cerveja artesanal brasileira chega à sua mesa mais cara que uma equivalente artesanal importada. Mas, experiência própria, sabemos que bebemos menos e melhor.
Nós, Lupulinas, vamos escrever sobre cervejas artesanais, brasileiras ou importadas, porque acreditamos que há uma receita para cada paladar. Ou para cada momento. Ou para cada refeição. Porque sabemos que a cerveja artesanal estimula a produção e a cultura locais. Porque confiamos na diversidade. Porque desejamos que a cultura cervejeira se espalhe. Porque todos merecemos uma cerveja artesanal local mais barata e acessível. Porque vamos contribuir para que tudo isso aconteça.
Nós, Lupulinas, investimos no prazer e na farra locais.
Cilmara Bedaque
ia fazer faculdade de música, mas acabou fazendo jornalismo e ciências sociais. trabalhou em jornais, revistas, rádios e, principalmente, TV. escreveu, editou e dirigiu. depois foi fazer música e video-clipes. nos últimos anos têm feito tudo isso misturado e se especializado no assunto cerveja. saúde!
Vange Leonel
cantora e compositora (lembrada por Noite Preta, abertura da novela Vamp, da Globo, e mais 3 outros CDs) escritora (duas peças encenadas, três livros publicados, entre eles o romance Balada Para as Meninas Perdidas) ex-colunista LGBT (Sui Generis, Folha de S.Paulo, Mix Brasil, G Magazine, Forum) e agora amante de cervejas.