E começou 2016…

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cartel cigano

texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

FESTA CIGANA PAULISTA

No mundo cervejeiro produtores que fazem suas receitas alugando fábricas são chamados de ciganos. Os ciganos paulistas se juntaram num grupo auto-denominado Cartel Cigano na brincadeira e vontade de fazer pressão. E pressão e cerveja é boa coisa ;) Dia 16 de janeiro, onze cervejarias nômades se reúnem para mostrar ao publico suas receitas deliciosas ou raras ou exóticas ou queridas ou tudo isso junto.

A idéia é fortalecer a produção e o cenário cervejeiro local. “São Paulo é uma cidade cara e que ainda está desenvolvendo uma identidade cervejeira dentro do cenário nacional e um evento nos moldes do Cartel Cigano tem como objetivo beneficiar todas as pontas: o público que tem a possibilidade de experimentar e conhecer novos rótulos a preços acessíveis e as micro-cervejarias ciganas promovendo a produção regional“, afirma o cervejeiro da Urbana e um dos organizadores do evento, André Cancegliero.

O Cartel Cigano é formado pelas cervejarias Urbana, Júpiter, Lumberjack, Brasiliana, Capitú, Guarubier, Dogma, J.Beer, Landel, Juan Caloto e Suméria. O público poderá degustar mais de 30 rótulos em chopes de 300 ml a partir de R$ 8. Os ingressos que permitem a entrada no evento já estão à venda pela internet e custam R$ 25. Na página do evento  você pode ver quais tipos de chopes serão oferecidos e seus preços.

A ciganagem acontece no Centro Cultural Rio Verde e terá o som jazz fusion da Banda AbandOnada. A água é cortesia e o rango fica por conta do Imbiss – Berlin Street Food e Sanpo Bentô Deli.

Cartel Cigano 

Centro Cultural Rio Verde – rua Belmiro Braga, 181, Vila Madalena

dia 16 de janeiro das 14h às 20h

BRASSAGEM NA RUA

O São Paulo Tap House, um dos maiores bares de cervejarias artesanais brasileiras na torneira, promove neste sábado (9.jan), às 11h30 sua primeira Brassagem aberta. Durante toda a tarde os sócios Marcelo Voldovoz e Eduardo Eloi mostrarão o preparo de uma cerveja artesanal e estarão à disposição dos curiosos clientes para explicar seu processo de produção e tirar dúvidas. Ideal para o verão, eles prepararão uma Witbier com raspas de limão siciliano. O evento marca o início da promoção Chope em Dobro, que oferecerá o “double” de três cervejas escolhidas pela casa às terças e aos domingos, e excepcionalmente neste sábado.

Para acompanhar os variados chopes, a casa serve um cardápio com petiscos, sanduíches, saladas e pratos que se destacam também pelo lado artesanal de seus ingredientes. Destaque para as tábuas de queijos e frios, todos produzidos no Brasil, servidas em dois tamanhos (R$ 39 e R$ 69). O menu também apresenta diversas opções de porções que podem harmonizar muito bem com os diferentes estilos de chope, entre eles, os Mini bolovos (R$ 28), feitos com ovos de codorna envoltos em massa de linguiça calabresa, o trio de Mini Buraco quente (R$ 24) nos sabores ragu de linguiça, ragu de cogumelos e ragu de carne e o Frango a passarinho (R$ 28), acompanhado de dois dips à escolha.

São Paulo Tap House – Rua Girassol, 340 – Vila Madalena – São Paulo

Telefone: 11 3530-6602

Horários: Terça-feira das 18h à 0h, Quarta a Sexta das 18h às 1h, Sábado das 12h à 1h e Domingo das 12h às 22h. Segunda fechado.

WAY BEER SAZONAIS NO EAP

Oito tipos de cervejas da Way Beer estão engatadas no Empório Alto de Pinheiros esperando por sua degustação. Quatro delas são inéditas.

Além das já conhecidas American Pale Ale (APA), Double APA e Die Fizzy (american IPA com lúpulo Galaxy), serão servidas duas versões da Die Fizzy com single hop (uso do mesmo lúpulo tanto para dar amargor quanto para dar aroma para a cerveja) de Citra e Mosaic,você pode experimentar uma Berliner Weisse com dry hopping de Amarillo e Mosaic e uma “saison-IPA” (fermentada com levedura de saison, mas lupulada como uma IPA) que leva apenas Sorachi. Para terminar, a Cider IPA, uma cerveja-sidra, feita com 45% de maçã e lúpulo Motueka.

Empório Alto de Pinheiros – Rua Vupabussu, 305 – Pinheiros – São Paulo

Cervejaria Dádiva produz receita campeã de double IPA

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BAZOOKA

Altamente lupulada, de sabor cítrico e com 8,7% de volume alcoólico, a receita vencedora do 6º Concurso Estadual de Cervejeiros ACervA Paulista deste ano surpreendeu em paladar, foi produzida pela Cervejaria Dádiva e já está sendo distribuída no mercado.

Setenta e sete receitas de Double IPA – India Pale Ale, selecionadas meio a 122 inscritas no concurso deste ano, foram julgadas por um júri expressivo de 40 especialistas do setor, consagrando vitória à receita de autoria exclusiva do cervejeiro caseiro Jorge Do Val que ganhou o nome de Bazooka.

Este lote sazonal de double IPA Bazooka foi engarrafado sem processo de pasteurização, ou seja, o produto chega ao mercado em forma de chope e cerveja “vivos”, em alguns dos principais pontos de venda da Cervejaria Dádiva, como Empório Alto dos Pinheiros, Cerveja Artesanal e Let´s Beer, de São Paulo, e Cervejoteca, de Campinas.

“A cerveja ficou surpreendente e conseguiu atingir um equilíbrio entre malte e muito lúpulo, em uma receita com quase 100 IBU’s (unidades de amargor)”, comenta Luiza Lugli Tolosa, sócia-fundadora da Cervejaria Dádiva, que incorporou a receita ao portfolio da cervejaria, ao lado das já consagradas American Amber Ale, Premium Lager, Munich Dunkel e da sazonal Saison Printemps.

 

texto e fotos: divulgação

Vamos repensar a cerveja? Mais uma boa idéia dos cabeçudos da 2cabeças

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2cabeças e 3cariocas.Ttá faltando 1 carioca...

texto: Bernardo Couto & Cilmara Bedaque

fotos: peguei no blog da 2cabeças ;)

A Cervejaria 2cabeças já é conhecida pelos leitores deste blog pelas boas cervejas que faz e também pelo seu bom humor e atitude. Para provar o que falo, olha a idéia que Maíra Kimura e Bernardo Couto, cervejeiros da 2cabeças, tiveram: o Repense Cerveja! Hummm… Interessante… Mas o que é isso?

Há um mês a 2cabeças caiu na estrada durante duas semanas para testar novas receitas em parceria com vários amigos da região Sudeste. São cinco estilos diferentes, que serão lançados no Festival Repense Cerveja, que acontecerá no próximo dia 26 no Rio de Janeiro e dia 3 de Outubro em São Paulo.

A primeira cerveja produzida nessa caravana foi uma potente American Wheat Wine com a 3cariocas. Ela terá 10% de álcool e 83 IBUs, com maltes de cevada e trigo, e mais flocos de trigo. Ainda leva doses generosas de Columbus, Citra e Amarillo para aroma. Uma cerveja especial de trigo? Pela nossa legislação, não, pois ela tem mais de 25% de trigo, o que tira essa delícia da categoria especial. Então ela se chamará #SQN, aquela hashtag de ironia que significa “só que não”.

Depois os cervejeiros da 2cabeças foram rumo a Belo Horizonte. Em Contagem produziram a Gol da Alemanha, uma German IPA com 7,1% e 71 IBUs, com sete ingredientes alemães e água brasileira. Os lúpulos Smaradg e Mandarina Bavária dominam o aroma da cerveja, adicionados na fervura e no dry hopping. Desnecessária qualquer explicação sobre as quantias usadas. Pura coincidência essas repetições de 7 e 1 /o\

Dois dias depois, era hora de produzir com a Capa Preta e a Koala San Brew, ambas de Nova Lima, ainda em Minas Gerais. A cerveja escolhida foi uma Sour Ale com Mirtilo. Com 6% de álcool, ela foi produzida com fermento saison e lactobacilos, trazendo acidez e complexidade para a cerveja.

Dali, os cervejeiros pegaram a estrada rumo a São Paulo. Na Cervejaria Nacional, surgiu uma California Common defumada. O estilo híbrido é feito com fermento lager, mas em temperatura de fermentação mais alta, típica de uma ale. Nos maltes, foram usados pilsen, caramelo e 15% defumado, dando um toque diferente para esta cerveja. O lúpulo Nothern Brewer completa a lista de ingredientes desta cerveja que terá 4,8% de álcool e 38 IBUs.

A última parada foi em Penedo, Rio de Janeiro, para a produção de uma Brown Ale em parceria com a Penedon. Ela ficou com 6,1% de álcool e 35 IBUs. A coloração é marrom escuro, com maltes escolhidos para ressaltar aromas de nozes e chocolate ao leite.

Agora, todas essas cervejas estão em fase de maturação e vão estrear nos Festivais Repense Cerveja. No Rio, no próximo dia 26, o evento acontece na Casa da Glória, com ingressos disponíveis na Bilheteria Digital, no segundo e último lote a R$ 135,00. Em SP, no dia 3 de outubro, o festival acontece dentro do Butantan Food Park, com entrada franca. Além das cervejas, barracas de comidinhas e a nova linha de camisetas dos cabeçudos.

Casa da Glória – Ladeira da Glória, 98, Glória.
Dia: 26 de setembro
Horário: 14h às 20h
Ingressos: Bilheteria Digital

Butantan Food Park: Rua Agostinho Cantu, 47 – Butantã
Dia: 3 de outubro
Horário: 11h às 22h
Além das cinco colaborativas inéditas estarão por lá as convidadas 3Cariocas, Capa Preta, Koala San Brew, Penedon, Aeon e Cervejaria Nacional.
As cervejas serão pagas em suas barracas.

E a 2cabeças ainda avisa que todo o festival será documentado em tempo real no site 2cabecas , Instagram e Feice . Prometem também entrar ao vivo no Periscope da 2cabeças. A largada vai ser dada no Twitter

Se quiserem ler um diário da produção das colaborativas acessem o blog da 2cabeças

Se joguem!

P.S.: lista das cervejas do Repense Cerveja
- Gol da Alemanha (Aeon Cervejaria + 2cabeças)
- Fogo de Palha (Cervejaria Nacional + 2cabeças)
- Debrownismo (Penedon + 2cabeças)
- #SQN (3cariocas + 2cabeças)
- Lactobluicilos (Koala San Brew + Capa Preta + 2cabeças)
- Capa Preta ESB
- Koala San Brew Bad MotorFinger (Imperial porter envelhecida em carvalho)
- 3cariocas Session IPA Nema
- 3cariocas Saison du Leblon
- Mula (American IPA)
- Mangifera IPA – Penedon Helles
- Penedon Bauréti
- Penedon Serra da Índia – Maracujipa
- Hi5
- Rio de Colônia
- Funk IPA

Comidas Confirmadas (RJ)
- Du Jour
- Project Burger
- DoBacon
- Big Head

Cervejaria Dogma: Nasce Uma Estrela

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imagem destaque (1)

texto: Cilmara Bedaque
fotos: Fernando Satt Fotografia, Leo Satt  e Cilmara Bedaque

O título não é exagero. O Lupulinas fica feliz quando boas idéias se realizam com amor e competência. Muitos de vocês já conhecem daqui do blog, do Instagram ou do Twitter rótulos como Cafuza, Hop Lover, Touro Sentado, Hamurabi, Branca de Brett e Condessa d’Augusta. São todas excelentes cervejas que o Lupulinas indica com alegria. Essas cervejas eram feitas por três amigos que tinham três cervejarias: Bruno Moreno (Serra de Três Pontas), Luciano Silva (Noturna) e Leonardo Satt (Prima Satt). Eles se ajudavam nas receitas, na produção, na logística de distribuição e etc. Os rótulos de cada uma eram Cafuza, Hop Lover, Loucura de Baco, Touro Sentado e Branca de Brett na Serra de Três Pontas; Green Lover, Loucura de
Baco, Neblina e Condessa d’Augusta na Noturna e Cafuza e Hamurabi na Prima Satt. Pois então vamos agradecer os serviços prestados por elas e festejar o nascimento da Cervejaria Dogma.

Sim. Eles resolveram ser uma só cervejaria e ontem no Empório Alto de Pinheiros (EAP) foi lançada a Dogma e seus dois primeiros rótulos. São eles:

THE WALLACE
Estilo: Wee Heavy
ABV: 8%
IBU: 25

William Wallace liderou os escoceses contra os ingleses, abrindo caminho para que Robert The Bruce estabelecesse a independência escocesa. A The Wallace é uma Strong Scotch Ale (Wee Heavy), com aromas de caramelo e frutas secas, de sabor adocicado, corpo alto e fermentada com fermento tradicional escocês, resultando assim em uma cerveja agradável e complexa.

ORFEU NEGRO
Estilo: Russian Imperial Stout
ABV: 12%
IBU: 60
A peça Orfeu Negro da Conceição retrata um dos pilares do pensamento de Vinícius de Moraes: o amor absoluto. Com aromas de café, chocolate, caramelo e frutas secas, além de notas de baunilha apoiados em um corpo denso e aveludado, ela é como uma Russian Imperial Stout deve ser.

As duas cervejas são inesquecíveis mostrando que os caras não estão para brincadeira. O Lupulinas bateu um papo com eles, fez perguntas e gostou das respostas e intenções.

Lupulinas – Suas antigas cervejarias já atuavam juntas na distribuição e mesmo na criação de alguns rótulos. Por que agora a criação da Dogma?
Cervejaria Dogma – A criação da Dogma foi feita para diminuir um pouco a confusão que havia entre as marcas e para conseguirmos focar nossas energias em uma única marca e não dissipar em três marcas diferentes. Nós decidimos isso para tentar formar uma marca mais forte e com mais identidade e também, claro, juntar a força criativas das três cervejarias anteriores.

Lupulinas – Vocês optaram por deixar alguns rótulos antigos no mercado. Quais são as eles e qual o motivo deles serem escolhidos?
Cervejaria Dogma – Está tudo muito recente ainda, a princípio vamos manter Cafuza, Hop Lover e Green Dream. A idéia é manter o produto mais forte de cada marca, mas não tem nada completamente decidido sobre os outros rótulos, vamos sentir o mercado e ver o que achamos que vale a pena continuar ou não!

Lupulinas – A The Wallace e a Orfeu Negro que tive o prazer de experimentar na torneira são as novidades da Dogma. Falem um pouco de cada cerveja e por que a escolha destes estilos.
Cervejaria Dogma – A idéia era lançar duas boas cervejas para o inverno e que pudessem marcar a nova marca, por isso escolhemos duas receitas que são muito complexas e interessantes para ser o nosso cartão de visita. A The Wallace é uma Wee Heavy com uma ótima caramelização tanto dos maltes quanto da fervura e traços de fermento bem presentes que trazem grande complexidade para a cerveja. A Orfeu é uma Russian Imperial Stout muito robusta, corpo aveludado e muito complexa com aromas de chocolate, café, baunilha e ótimo perfil de fermentação.

Lupulinas – As micro cervejarias estão buscando junto ao governo federal um reconhecimento à sua importância como geradora de renda e trabalho locais e também uma escala no imposto a ser pago. Qual a posição da Dogma neste assunto?
Cervejaria Dogma – Acreditamos que precisamos mostrar para o governo duas coisas, primeiro que queremos aumentar o consumo responsável da bebida, sempre focados no beba menos beba melhor. E o que é tão importante quanto é que podemos ser produtivamente menos eficientes, mas somos socialmente mais eficientes. Geramos empregos em pequenas cidades e grandes cidades. Sempre queremos disseminar cultura em nossos produtos e o mais importante, geramos aproximadamente um emprego a cada 20.000 litros produzidos, enquanto a grande indústria gera um emprego a cada quase um milhão de litros produzidos. Ou seja, se aumentarmos a nossa fatia de mercado podemos gerar muito mais empregos diretos que a grande indústria da cerveja.
Apoiamos totalmente a Abracerva (Associação Brasileira da Cerveja Artesanal) e a Apacerva (Associação Paulista de Cerveja Artesanal), tanto que no lançamento doamos um barril para que o valor fosse doado para essas instituições. O único meio de conseguir que o setor sobreviva é a redução dos tributos para que consigamos preço para expandir nosso público, que hoje, infelizmente, é restrito.

Lupulinas – Pois é: a questão do preço para o consumidor. É inegável a qualidade de suas cervejas, mas também é dura a realidade do alto preço que é cobrado ao consumidor.
Cervejaria Dogma – Mais inegável é que a carga tributária sobre o setor hoje é gigantesca. Nossos produtos são caros porque usamos ótimos insumos e produzimos em ótimas cervejarias e isso tem um custo. Mas o chamado custo Brasil é o maior de todos, logística e energia estão cada vez mais caras, mas o principal é a tributação. Hoje no Brasil quanto melhor seu produto, mais imposto você paga, pois se você tem um custo maior seu imposto aumenta, pois ele é um percentual do faturamento. Cada um real a mais que colocamos de insumos tem que ser multiplicado por 1,5 devido a carga tributária elevada. Hoje em uma garrafa nossa que o consumidor paga R$24,00 – por exemplo – R$1,00 é nossa margem aproximadamente, mas se juntar os impostos de toda a cadeia nessa garrafa R$7,00 foram para o Governo.

Lupulinas – Sei que vocês começaram a fazer cerveja juntos, na panela, e isto criou e fortaleceu a amizade. Como donos de uma única micro cervejaria existe função determinada para cada um?
Cervejaria Dogma – A criação de produtos é feita pelos três, mas tentamos dividir as tarefas. O Leo tem mais foco em vendas, o Bruno na comunicação e o Luciano nas operações diárias da empresa.

Lupulinas – Onde vocês produzem seus rótulos?
Cervejaria Dogma – Nossos rótulos são feitos pela Agência Form e as ilustrações são do estúdio Alkemist.

Lupulinas – Quais são os planos da Dogma ainda para este ano e para 2016?
Cervejaria Dogma – Temos muitos planos, vamos lançar mais dois rótulos e temos um projeto no Social Beers atualmente, uma Black Saison com açaí em colaboração com a Stillwater dos EUA. Mas o foco principal agora é colocar nossos produtos já existentes gradualmente na Dogma!

É isso daí. O Lupulinas deseja boa sorte para a Cervejaria Dogma e que todos possamos experimentar e curtir todas novidades que vêm pela frente!

Marcelo Carneiro & Colorado: um papo com o dono da cerveja do ursinho (parte dois)

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bolacha-de-chopp-cervejaria-colorado

texto e edição: Cilmara Bedaque

fotos: Cilmara Bedaque e Marcelo Carneiro

Vamos à segunda parte da entrevista que fiz com Marcelo Carneiro, dono da Cervejaria Colorado, conhecida por todos pelo mascote do ursinho. Não leia esta segunda parte sem ter lido a primeira para captar a fluidez do papo.
Cilmara – Você falou que compra quantas toneladas de rapadura atualmente?
Marcelo – Uma tonelada.

Cilmara – Quantos litros você produz hoje e quais são os planos pra 2015 porque eu sei que você está expandindo a fábrica… Aí na mesma pergunta, tudo junto, hoje a empresa não é mais familiar, você deu uma profissionalizada na empresa. Fala sobre tudo isso, Marcelo…

Marcelo – A Colorado faz de 150 a 200 mil litros num mês bom. Nós terceirizamos a produção em mais duas indústrias, a Cevada Pura e a Lund. Tudo isso tem uma história bacana e eu sou orgulhoso dela. Por que eu terceirizo na Cevada Pura? O Alexandre, dono da Cevada Pura, foi o primeiro estagiário da Colorado. A Colorado é também uma incubadora de outras empresas. O Rodrigo, da Invicta, começou como motorista da Colorado. Foi prático, cervejeiro da Colorado, hoje tem sua própria cervejaria. A Lund é uma cervejaria bem pequena de Ribeirão, tem os tanques que a gente precisa pra algumas tiragens e a gente faz com eles, também porque são da nossa cidade. Em Ribeirão Preto a gente tem uma cena cervejeira muito bacana porque todo mundo se ajuda. Às vezes falta fermento, ou falta garrafa e a gente tenta sempre, dentro do possível, se ajudar um ao outro. Estamos sempre nos encontrando, bebendo juntos. É muito importante que nas outras cenas cervejeiras, porque a gente tem outros focos, tem Curitiba, tem Minas Gerais, é importante haver esse entendimento. E eu acho que isso está acontecendo nas outras cidades do país.

Quanto a se profissionalizar, não tem jeito, gente, eu fico falando isso. Ficamos muito contentes de ganhar medalha, mas mais bacana é você conseguir fazer uma cerveja com repetibilidade todo o dia, entregar, pagar os seus impostos… Isso é uma coisa dura de dizer porque é muito fácil ficar falando que vivemos num país injusto… Eu comecei a me rebelar contra os impostos, mas eu vi que quando você não paga, você não tem direito nenhum. Então comecei aos trancos e barrancos a pagar o meu, eu meio que fui até voluntário para colocar o SICOBE na minha fábrica e isso me custou muito, mas por outro lado me fez aprender, me obrigou a me profissionalizar, porque quando você tem o SICOBE você está pagando imposto até pela garrafa quebrada, por todos os seus amadorismos.

dica para o leitor: SICOBE é um sistema que a Receita Federal coloca na fábrica que fotografa cada garrafa e manda para a própria Receita online. É um sistema de controle que a indústria de armas no Brasil não tem.

Marcelo – Eu achava uma coisa totalmente orwelliana, mas se for um instrumento de justiça não me incomoda ter. A gente foi falar com o governo, quando eu era presidente da ABRACERVA (Associação Brasileira de Cerveja Artesanal), fui falar pelos menores e pelos maiores que eu. Estávamos conversando e o governo foi bem claro: se vocês não se legalizarem não vai ter conversa, não vai ter diminuição de imposto, vocês precisam ser vistos como pessoas sérias. Aí a gente propôs para eles um sistema em que o produtor que faz até 100 mil litros de cerveja vai ter um selo na garrafa, igual tem a cachaça e o vinho. Até 100 mil litros, que é a grande maioria do mercado. E os maiores vão ter o SICOBE.

Cilmara – Essa é a pergunta que eu ia fazer para você na seqüência. O mercado de artesanal está crescendo em todo o mundo. Agora, eu sei também que em vários lugares, sei mais dos Estados Unidos, existe uma isenção de impostos fantástica até o primeiro milhão de litros.

Marcelo – Lá é muito mais do que isso. O primeiro milhão de litros foi o que a gente conseguiu aqui. O primeiro milhão tem 10% de abatimento, o que ainda é pouco. Lá eles têm proteção até 3% do mercado e ninguém ainda chegou em 3%. A Samuel Adams, que é a maior micro cervejaria americana, tem 2 virgula alguma coisa do mercado. E é a maior cervejaria puramente americana. Isso é para mostrar que todos os governos estão preocupados com esse fenômeno da concentração do mercado cervejeiro. Por quê? Eu não quero assim criticar só a desigualdade, eu não sou contra a desigualdade desde que ela sirva a um bem comum. Essa fala não é minha, é do Thomas Piketty, esse cara que escreveu aí o “Capital no século 21”. Tem que haver um espaço para a livre iniciativa. Porque senão é ruim para o agricultor que está lá embaixo, é ruim para a grande indústria também porque ela acaba sucumbindo diante do peso dela mesma. Ela acaba mal vista. Ela é culpada de todos os males do álcool, ela não pode produzir, por exemplo, todos esses bens culturais que as pequenas podem vir a criar. A cerveja tem que ser equiparada ou fazer um trabalho melhor do que o do vinho. Eu acho que o vinho é mais bem visto como produto. Nós, pequenos, temos que trabalhar também nessa parte de responsabilidade social e alçar bandeiras maiores, como mobilidade urbana e embates intelectuais maiores do que a grande indústria.

Cilmara – Você foi o primeiro presidente da ABRACERVA que, finalmente conseguiu se formar. Muito se lutou para que ela conseguisse existir até.
Marcelo – Isso
Cilmara – Vocês chegaram a Brasília e começaram a argumentar as leis que seriam aprovadas ou não. Eu queria que você contasse pra gente qual foi a vitória e qual foi a maior derrota da associação e qual a grande dificuldade que você vê na aprovação das idéias que a associação defende lá dentro do governo

Marcelo – A maior vitória foi, nessa legislação que esta para vir, ser reconhecido finalmente como um animal diferente. Não é possível que o governo não estivesse vendo que no Brasil tem um mercado só com quatro empresas. E as que fazem cerveja especial têm por volta de 1% deste mercado. Aí tem 300 empresas, 100% nacionais, sem motor de banco, que são iniciativa da classe media brasileira, que justamente é o pessoal que montou, ao longo dos últimos anos, e que quer ter acesso. Não quer só consumir, quer produzir também.

Cilmara – Empregam quantas pessoas, Marcelo, você tem essa noção?
Marcelo – Muito mais pessoas por hectolitro do que uma grande cervejaria. Eu não tenho essa noção exata.
Cilmara – Porque é menos automatizada?
Marcelo0 – Exatamente, eu posso falar por mim, eu emprego 70 famílias. Se for extrapolar a Colorado para as grandes, é muito, muito, muito mais. Vai alem da questão do imposto. Vai para a questão da livre escolha do consumidor, o consumidor tem direito de escolher o que quer beber. A classe média tem direito a querer ter a sua indústria. Por que o cara que tem seu dinheirinho pode abrir uma padaria, mas não pode abrir uma cervejaria? Porque há uma legislação que foi desenhada só pros grandes. São exatamente os mesmos ingredientes. Não tem lógica. E somos nós que podemos quebrar a hegemonia que existe no consumo do álcool se a gente trabalhar direito.

Cilmara – E qual foi a maior derrota?
Marcelo – A maior derrota é as pessoas que me perguntam qual é o maior concorrente da Colorado. É o mesmo, é o maior concorrente de todas as pequenas. É a concorrência da ignorância. É as pessoas acharem que a cerveja e uma coisa monolítica, que não tem nada por trás da cerveja, que só tem gente querendo ganhar dinheiro. Que a cerveja não tem história, que a cerveja é uma bebida amarela com um pouco de malte e só gente ambiciosa por detrás. Não, a cerveja tem muita riqueza por trás, a cerveja tem muita história. A cerveja não estaria do lado da humanidade há oito mil anos se não tivesse essa vantagem. Até às pessoas que têm uma objeção religiosa quanto ao consumo, eu queria lembrar a essas pessoas que o primeiro milagre que Jesus Cristo fez foi multiplicar a bebida alcoólica. É lógico que aqui a gente não está defendendo o excesso, existem as famílias que são destruídas pelo excesso de álcool… A gente está defendendo que a cerveja aproxima as pessoas. Mas isso acontece com todas as coisas, às vezes você dá um carro para uma pessoa e ela fica se sentindo a rainha do mundo e atropela outra. Então vamos proibir os carros? Vamos olhar as coisas sob a perspectiva apropriada.
Na Europa, vários mosteiros fazem cerveja e os monges bebem.

Cilmara – Tive o prazer de visitá-los com a Vange, foi ótimo. Inclusive os ciclistas bebem. Era muito engraçado, a gente na Bélgica, em um restaurante de mosteiro, de repente uma turma de ciclistas, todos paramentados, entram, tomam uma tacinha e continuam o passeio de domingo, a viagem que eles estavam fazendo…

Marcelo – A cerveja não iria estar com a gente há tanto tempo se não fizesse bem. Eu li um livro francês que um médico compara todas as causas possíveis de morte em gente que bebe e em gente que é abstêmia. E provava que os abstêmios morrem mais de causas diversas tudo, inclusive, infelicidade, tensão, stress, suicídio, que os que bebem moderadamente.

Cilmara – A Colorado vai crescer em 2015? Vai ter fábrica nova?
Marcelo – Vai ter fábrica nova. Crescer é importante, mas crescer sem perder a ternura. (risos)
Cilmara – vocês vão duplicar a produção? Quais são os números?
Marcelo – Olha eu não sei, porque a gente não tem motor de banco, não sou um grande financista. Vou crescer na medida em que a minha grana der. Eu agora tenho espaço, disso estou gostando muito. Vou ter meu poço de água próprio, estou muito contente com isso, lá em Ribeirão.

Cilmara – Isso é ótimo, porque é uma água boa também, né?
Marcelo – Vem do Aqüífero Guarani direto. Estou numa pegada ecológica também na fábrica. Enfim, estou muito animado porque fiquei muitos anos nesse lugar pequeno, batalhando, muita gente lançando coisa nova e a Colorado ali, grande no nome, mas pequenininha na fábrica e agora esse ano, puf, a gente vai ter espaço de novo!

Cilmara – Pra 2015 então continuam os quatro rótulos fixos, a Indica…
Marcelo – A Appia, a Demoiselle, a Cauim e a Vixnu que agora entrou também nas fixas. A gente vai fazer algumas colaborativas e tal. A Colorado não lança muitos rótulos. Ela tem uma coisa diferente, que ela acha que cada cerveja é como se fosse um filho. Isso é uma filosofia nossa, combinada com o Randy, desde o começo. Ele disse “cada cerveja tem que ter um nome e uma história” e a gente acredita nisso. A gente não lança muito, somos um clássico das cervejarias.
Cilmara (rindo) – São os Paralamas das artesanais…
Marcelo – Isso. A gente não lança muita coisa, mas tenta lançar coisas boas.

Cilmara – Para o ano virão algumas sazonais então. Não necessariamente as mesmas deste ano?
Marcelo – Está vindo a colaborativa que a gente fez com a Tupiniquim e a norueguesa Nogne Ø, que tá muito boa, uma Saison, a Ybá-Ia, com adição de uvaia. Com a St. Feuillien, lá da Bélgica, fizemos outra Saison, a Marguerite que, inclusive, homenageia a contribuição feminina para a história da cerveja. Isso tudo pra gente é um aprendizado porque a gente está querendo fazer a nossa própria Saison. Usamos esse conhecimento dos outros porque mais tarde a gente vai fazer a nossa. Talvez ela entre em linha, talvez ela seja uma sazonal como o próprio nome diz. O futuro vai dizer…

E aí continuamos nosso papo, mas adentramos outros assuntos que não têm nada a ver com a pauta desta entrevista. E, dessa maneira, pude conhecer mais demoradamente e entender porque Marcelo é um dos lideres do movimento da cerveja artesanal brasileira. Pude ver também como a experiência nos transforma em dinos, mas com inteligência e mobilidade a renovação está na virada da esquina. Longa vida a Colorado!

P.S.: No meio cervejeiro todos sabem que a Ambev está cercando as cervejarias de Ribeirão Preto. A gigante quer ter uma base nesta região que é rica em tradição e em fábricas importantes. O Lupulinas bebe e observa… ;)

 

Marcelo Carneiro & Colorado: um papo com o dono da cerveja do ursinho

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estudio luz 165

texto e edição: Cilmara Bedaque
fotos: Cilmara Bedaque e divulgação
transcrição: Luciana Moraes

Dia desses marquei um encontro com Marcelo Carneiro, dono da Cervejaria Colorado, para falarmos sobre ele, o começo da fábrica e os planos para 2015. O papo correu cariocamente amigável e solto como se nos conhecêssemos há muito tempo. Vamos saber um pouco da história de uma das maiores micro cervejarias do Brasil.

Marcelo – Eu queria comparar o que está acontecendo com a cerveja artesanal com o que aconteceu com a música, com o rock, há alguns anos atrás.
A música hoje em dia se financiou e virou um negócio. É uma coisa amorfa e não tem um espaço de contestação como tinha antigamente. Por outro lado, o mundo da cerveja artesanal está virando uma espécie de um rock engarrafado.

Cilmara – É engraçado você falar isso porque o Lupulinas era feito pela Vange e por mim e sempre nos atraiu, quando a gente começou a entrar nesse universo de cerveja artesanal, uma espécie de clima de ‘rock de garagem’ que a gente viveu nos anos 80. Sentimos de cara essa similaridade. Os “grandes”, os que continuaram alternativos…Tem um monte de coisas que a gente pode colocar como muito parecidas…

Marcelo – É verdade. É totalmente essa briga contra o mainstream, contra a mesmice. Com as vaciladas que os artistas também davam, antigamente.

Cilmara – Conta para o nosso leitor, que já deve reconhecer a Colorado nas prateleiras dos supermercados e dos armazéns especializados, como você teve a idéia de montar uma cervejaria e como foram os primeiros anos. A Colorado é de 1995, né?

Marcelo – Isso, 95. Vinte anos já! Eu nem sabia o que eu estava fazendo direito, na verdade. Quem botou a gente nessa onda foi o Cesáreo Melo Franco, esse meu amigo que fez a comparação há poucos dias no Facebook dos dois movimentos do rock e da cerveja e eu achei que era muito pertinente a história. Mas eu também não sabia que estava fazendo rock. Eu achei que estava fazendo uma coisa muito fácil, tomar cerveja… Fui para a Califórnia, eu me lembro da primeira Indian Pale Ale que eu tomei: a Blind Pig, Porco Cego. Achei o nome muito engraçado e essa cerveja até hoje existe. Fui lá e comecei em Ribeirão num modelo muito diferente do que estava sendo feito no Brasil. Na época, estavam abrindo várias cervejarias fazendo cerveja Pilsen, filtrada e não filtrada, ou cerveja Bock, não sei que e tal. Eu vim e trouxe todos aqueles sabores diferentes, influenciado pelo que estava acontecendo lá fora.

Cilmara – Na Califórnia principalmente.
Marcelo – Isso. Há 19 anos eu já tinha Indian Pale Ale, eu já tinha Red Ale, eu já tinha uma Stout, eu tinha uma California Steam… Eu tinha uns estilos totalmente esquisitos e usava às vezes uns lúpulos que hoje nem são tão esquisitos, mas na época eram desconhecidos por aqui. E Ribeirão Preto ainda era interior, sem informação, todo mundo achava aquilo muito esquisito, muito estranho. Tinha uma fábrica grande com uma tradição grande lá, que era a fabrica da Antártica, o orgulho municipal.

Cilmara – E você escolheu Ribeirão por quê?

Marcelo – Eu escolhi Ribeirão porque eu ia pra lá, meu pai tinha uma terrinha lá, eu passava minhas férias lá, eu gostava da vida do interior

Cilmara – Não foi nada que te levou da fama da cerveja lá, nada…

Marcelo – Eu era diferente, eu era um carioca lá, era novo, tinha vinte anos, nossa, eu agradava…

Cilmara – Carioca em Ribeirão (risos). No início a Colorado era uma empresa familiar também…

Marcelo – Totalmente, era eu e minhas irmãs

Cilmara – E aos poucos você se tornou o único dono…

Marcelo – Isso, porque eu vi que fiquei totalmente infectado com o vírus da cerveja, que não é a cerveja, é mais que a cerveja. É um produto muito forte a cerveja. Ela une os povos. Se você pensar que construíram as pirâmides pagando os funcionários com cerveja…

Cilmara – É uma das bebidas mais antigas da humanidade, está por trás de tudo.

Marcelo – Isso, ela é uma das mais antigas. Na guerra, nas revoluções, sempre tinha a ração de cerveja para os soldados.

Cilmara (se entusiasmando risos) – Na arte. O que seria do pintor sem cerveja!

Marcelo (rindo muito) – Tem pintores regados a cerveja! Tem Bruegel! A cerveja é uma coisa muito forte senão ela não estaria na história da humanidade há oito mil anos! E ela surgiu espontaneamente em vários lugares do mundo! E a gente tem uma pegada, só um olhar europeu, mas os índios faziam a sua cerveja, os chineses faziam cervejas, têm uma história só deles. Nós no Brasil temos uma história só nossa, os índios faziam cerveja de mandioca e, infelizmente, não deixaram vestígio escrito… Essas bebidas fermentadas estão junto da humanidade há muito tempo, alguma razão evolutiva tem para isso acontecer.

Cilmara – Quando você incorporou nos rótulos que estão agora no mercado os produtos nacionais, a mandioca, o mel, a rapadura, tudo que você usa nos seus rótulos fixos, você quis de certa maneira conseguir fazer uma cerveja brasileira?

Marcelo – Isso. Foi assim “bacana, até agora eu copiei, eu aprendi bastante, tal. Agora chega, vamos fazer o nosso.” Porque é a cara do Brasil, nós também somos um país de imigração, todos nós temos um pé na Europa, e a partir de certo momento, a gente decidiu ser brasileiro aqui. A Colorado decidiu “vamos fazer cerveja com o que a gente tem em volta”. Os EUA fizeram assim e a Europa fez assim também. Os belgas fazem cerveja com açúcar de beterraba porque lá tem beterraba, os alemães têm a lei de pureza porque lá tem muito malte e lúpulo. Os ingleses fazem a cerveja deles muito maltada porque o malte deles tem algumas características e a gente tem que fazer a nossa cerveja com a nossa cara. A partir deste momento, em cada produto que a gente faz, tem um produto brasileiro, uma matéria prima local.

Cilmara – Você falou em fazer uma cerveja com a nossa cara. A Colorado tem uma das maiores marcas do mercado. A programação visual é muito boa, aquele ursinho é um sucesso quando aparece nas feiras e festivais, todo mundo quer tirar uma foto com aquele ursinho, que é um ursão na verdade… Eu queria que você falasse um pouco disso, como foi o desenvolvimento da marca e os rótulos, quem fez etc.

Marcelo – Quem fez foi o Randy Mosher.
Cilmara – Que é um dos maiores designers de rotulo do mundo.
Marcelo – E que eu descobri por acaso na internet. Eu já tinha lido os livros dele e estava falando com ele na internet sem me tocar que ele era o Randy que eu lia. O que foi uma vergonha porque eu quis ensinar padre nosso ao vigário, tentando explicar o que era uma India Pale Ale para ele… Mas aí…
Cilmara – Você encomendou o desenvolvimento da marca?
Marcelo – Dos rótulos. Falei pra ele que tinha essa idéia de colocar as coisas brasileiras, ele me deu outras idéias. Ajudou no desenvolvimento da rapadura me perguntando: “por que você não usa aquele açúcar brasileiro?”

Cilmara – Aaaahhh, ele entrou até no desenvolvimento da cerveja?
Marcelo – Sim, foi fundamental. Ele falou “aquele açúcar brasileiro” e eu “pô, qual açúcar brasileiro?” “rap rap rap.. rapadura!” “rapadura, cara, porra, genial! é mesmo!” (risos) Hoje um dos orgulhos da Colorado é que a gente comprava rapadura de 30 em 30 kg e hoje compramos 1ton de rapadura da mesma família, do mercadão municipal. A gente não compra de uma grande indústria, a Colorado é super ligada nessas coisas. A Colorado ajuda também a sustentar um cinema, que é o Cineclube Cauim de Ribeirão Preto, um cinema de uma tela de 35m, que é um cinema que tem sessão de graça pra criança, quatro vezes por dia, pra rede municipal de escolas da região. Este é um lado desconhecido da Colorado, que a gente nem se jacta muito disso.

Cilmara – Mas faz parte dos mandamentos do que seria a cultura da cerveja artesanal, né? A valorização da cultura local, do produtor local, os princípios básicos mesmo desse movimento, porque é um movimento.

Marcelo – Exatamente. A gente faz parte desse movimento. O Cineclube Cauim já existia antes da gente. Deixar isso claro, o Cauim é uma organização que existe em Ribeirão Preto há 25 anos. Eles têm um bar na porta do cineclube, tem vários movimentos culturais que vão lá, do cinema brasileiro, geralmente tem várias estréias lá, e os diretores debatem com o público depois do filme assistido.

Cilmara – Vange e eu fomos à Dogfish Head, no estado americano de Delaware, e em volta, na cidade toda, eles promovem peça de teatro, cinema, feira, showzinho, gente famosa em um palquinho bem pequeninho dentro do bar. Um clima super maneiro assim, de cultura e produção local.

Marcelo – É por isso que a cerveja é o rock de hoje em dia, é por isso que tem que haver as novidades, a gente não pode deixar vulgarizar. A cerveja artesanal tem que ter essa função social.

Cilmara – Eu sei que a Colorado sempre apoiou as Acervas e os paneleiros. É essa idéia de apoio geral de toda a teoria que existe nesse movimento

Marcelo – Em novembro, durante o Mundial de La Bière, a gente tava lá no Rio, mas mandamos vários barris vazios pro evento que estava tendo na Bahia, dos cervejeiros caseiros, para serem cheios em outras cervejarias, para poder ter cerveja de micro no evento dos nanos. E agora a gente tá marcando no aniversário da Colorado fazer outro encontro de caseiros e micreiros cozinhando juntos.

Cilmara – Legal. Você falou que compra quantas toneladas de rapadura atualmente?
Marcelo – Uma tonelada.
Cilmara – Quantos litros você produz hoje e quais são os planos pra 2015 porque eu sei que tem planos de expansão da fábrica, aí na mesma pergunta, tudo junto, hoje a empresa não é mais familiar, você deu uma profissionalizada na empresa. Fala sobre tudo isso, Marcelo…

E Marcelo vai falar. No próximo post… Não perca.

(continua no próximo post)

 

Bohemia & Wäls: fusão entre as duas cervejarias gera polemica

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texto e fotos de Cilmara Bedaque

Quando Vange e eu resolvemos escrever sobre cervejas artesanais logo nos chamou a atenção a similaridade que existe entre este mundo e o rock dos anos 80 onde vivemos tão intensamente. A camaradagem entre os cervejeiros, a relação apaixonada dos ~fãs~ , enfim já escrevemos sobre isso. leia aqui. Um dos principais pontos de ruptura, na época, entre bandas e fãs era o contrato com a gravadora multinacional que impingia à banda o carimbo de ~vendida~

Pois bem. Mais uma vez esses mundos se aproximam quando é feito o anúncio que a gigante do mercado (Ambev) vira sócia da pequena talentosa e premiada (Wäls).

Parece que a Ambev andou aprendendo alguma coisa. Se em anteriores associações desfigurou as cervejarias compradas, neste novo negocio ela dá moral e uma espécie de autonomia para os irmãos José Felipe e Thiago Pedras Carneiro, mineiros donos da Wäls. Eles construíram uma das historias mais bem sucedidas do mundo cervejeiro artesanal brasileiro. Com investimento, trabalho e talento projetaram o nome do Brasil em inúmeros prêmios conquistados no exterior. Sua maior conquista foi o ouro e a prata na World Beer Cup e irão inaugurar em breve uma cervejaria em solo americano.

A Ambev, que está bem atenta ao movimento da cerveja artesanal aqui no Brasil, pegou sua marca Bohemia, profissionais jovens e entusiasmados e propôs “sociedade” a Cervejaria Wäls que também entusiasmou-se com a possibilidade de vender cerveja boa para um publico maior.

A parceria foi anunciada na fábrica da Wäls, na capital mineira, com muito entusiasmo e alegria, mas sem nenhum comentário em relação a números. Mesmo indagado sobre os termos da parceria, José Felipe deixou claro que não teremos acesso a estes números, mas também garantiu que o negócio da Wäls é cerveja e que os profissionais escalados pela Ambev para executarem esta parceria têm a mesma paixão.

Todos os rótulos produzidos pela Bohemia e pela Wäls continuam no mercado e, pra celebrar esta parceria, será lançada a Saison d’Alliance, uma saison com sálvia, gengibre e hortelã no Festival Brasileiro de Cerveja. A produção será apenas de dois mil litros, as garrafas serão de 375 ml e arrolhadas.

Mesmo antes do anúncio oficial, os comentários contra e a favor agitaram a internet e os papos entre os conhecedores e consumidores. Desde o “não bebo mais Wäls porque ela será feita de milho” até o “que maravilha! Viva o monopólio!” O Lupulinas acredita nas boas intenções dos donos da Wäls e no interesse financeiro da Ambev. Em um mercado como o americano este passo já está sendo dado. A compra ou a sociedade com artesanais para também faturar neste segmento.

Este caminho que a Ambev está seguindo foi inaugurado no mercado brasileiro pela Kirin que, recentemente, comprou a Baden Baden e a Eisenbahn sem interferir nas receitas do portifólio destas cervejarias.

Toda esta movimentação é um reconhecimento ao crescimento do mercado cervejeiro artesanal no Brasil e, se os negócios forem feitos com respeito e transparência ao consumidor, ganham eles, ganhamos nós e a boa cerveja chega democratizada a mais mesas brasileiras.

Façam Wäls e Bohemia o mundo cervejeiro artesanal no Brasil crescer sem perder a qualidade! Desejamos boa sorte e comentaremos, daqui há um tempo, quando ele puder ser analisado, o resultado desta parceria.

 

Lançamentos, festivais, festas, aniversários… Ufa! É fim de ano

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Meio de novembro e o fim de 2014 chega atropelando todo mundo. No meio cervejeiro artesanal não é diferente. Muitos eventos programados, certa euforia pelo crescimento do mercado e, ao mesmo tempo, uma incerteza quanto ao destino dos produtores artesanais que dependem de incentivos que esperamos serem aprovados pelo Congresso.

Mas vamos aos eventos:

Chegou a Cacildis™

A Brassaria Ampolis, que já produz a Biritis™, lança a Cacildis™. É uma pilsen leve e refrescante, com excelente bebabilidade e uma verdadeira porta de entrada para quem quer experimentar uma boa cerveja sem se assustar com doses elevadas de lúpulo e amargor. Feita para agradar o gosto do brasileiro que bebe cervejas da Grande Indústria, a Cacildis™ chega aos mercados em garrafas long neck e preço na base dos R$8,50. Mais de 600 pontos de venda receberão a Cacildis™ que deve se transformar na ponta de lança da Ampolis que tem o filho de Mussum, Sandro Gomes, como um dos sócios. Em breve este blog vai contar a história desta cervejaria que tem propostas sérias sem perder o humor.

15 anos da Cervejaria Wäls

Este ano foi mais que especial para os irmãos Carneiro, donos da Cervejaria Wäls. Muitos prêmios, a construção de uma nova fábrica e um bar de degustação marcaram o crescimento de seu negócio. Resolveram comemorar os quinze anos da Wäls com quinze dias de presentes para seus consumidores! Começa neste sábado, dia 15 de novembro e vai até o dia 29, uma super promoção de chope Wäls a sensacionais cinco reais! Pena que esta maravilha só pode ser viabilizada em seus domínios, mas é isto daí: cervejaria local. Então queridos habitantes de Belo Horizonte, aproveitem! A festa vai acontecer no Stadt Jever e no Tasting Room da Wäls. Aqui a programação.

Mikkeller série Brewed for Brazil

Esta semana estive no EAP (Empório Alto de Pinheiros, templo da artesanal em SP) para degustar os seis tipos de cerveja que a Mikkeller fez especialmente para o Brasil. Esta cervejaria dinamarquesa é conhecida pela sua originalidade e ousadia que fazem parte de suas receitas e de sua atitude como marca. Em uma união das importadoras Tarantino e Interfood, a Mikkeller chega para conquistar o Brasil cervejeiro artesanal. Promovendo a ação, os importadores levaram ao EAP o simpático Mixen Lindberg, diretor de pesquisa da Mikkeller que experimentou conosco as novas cervejas e contou um pouco da história da cervejaria. Voltaremos também a MIkkeller mais longamente neste blog.

Butantan Food Park

Este evento faz parte do lançamento da série brasileira dedicada ao Brasil feita pela Mikkeller. Os seis rótulos de cerveja, entre eles APA, Brett APA, Hoppy Larger, Coffee IPA, Session IPA e Hoppy Wit possuem graduação alcoólica média de 5%, excelente bebabilidade para o nosso clima pelo seu frescor. São artesanais, aromáticas, feitas com produtos naturais e sem uso de conservantes. Além da série brasileira, também poderá ser experimentada a famosa Mikkeller 1000 IBU, com 9,6% de teor alcoólico e 1000 IBUs (Unidade de Amargor). Esta medida de é mais uma maluquice da Mikkeller porque o paladar humano não consegue assimilar tanto amargor, mas o nome serve pra indicar que a 1000 IBU não veio para brincadeiras. Para forrar o estomago diante de tantas delícias, o Vinil Burger também vai participar do evento com sugestão de burgers e cervejas. É a boa do dia em SP. Butantan Food Park – Rua Agostinho Cantu, 47, Butantã Data: 15/11/2014 Horário: 11h às 22h Estacionamentos próximos ao local e para-bike interno.

Wikibier Festival

Este festival é para a alegria dos curitibanos e/ou pra quem puder chegar dia 15 de novembro por lá. Garanto que valerá a pena. Mais de 100 rótulos e 50 cervejarias participam do evento. Destaque para a Wensky Beer, de Araucária, que faz o lançamento da refrescante Malina, uma Fruit Bier de cor rose, feita de trigo e maturada com framboesas; a Cervejaria Invicta lança a Bavarian IPA que tem uma flor afrodisíaca em sua receita; a Bastards Brewery, com a Piná a Vivá, uma Imperial India Pale Lager,uma pedrada de 8,5% de teor alcoólico que não percebemos graças a seu equilíbrio e a nova Cervejaria Palta, que traz a XLager, que vem carregadíssima no lúpulo. O Wikibier será no dia 15 de novembro na Expo Unimed.Maiores informações aqui

Cervejaria Capitu

Neste concorrido 15 de novembro em SP a novíssima Cervejaria Capitu lança dois estilos de cerveja: uma Tilted Barn e uma Amber Ale. Ousadia dos arquitetos e mestres especialistas em cerveja, Frederico Ming e Marcelo Holl Cury que usam estilos menos comuns para o lançamento de sua marca. O evento especial será na Feira Gastronômica Comidinhas, das 13h às 20h, Rua Estados Unidos, 1626. Maiores informações aqui

Festivais e festas pra nenhum cervejeiro reclamar da vida

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No mundo da cerveja, muitos festivais e festas ficam concentrados para o final do ano. Só de Oktoberfests pelo Brasil afora, a agenda de um cervejeiro fica repleta. Então, vou fazer um resumo de eventos que acontecem em outubro e novembro para facilitar a programação e também comentar algumas novidades de nossas cervejarias artesanais.

Pra começar, vamos falar do XX BrooklinFest, festa cervejeira e de tradição alemã, que acontece nas ruas do bairro paulistano do Brooklin neste fim de semana (18 e 19 de outubro), das dez da manhã às dez da noite. Na festa, tradicionalmente, a presença da cervejaria Ashby, apresentando ao público cinco tipos diferentes de cerveja: Pilsen, Pale Ale, Porter, Weiss e Ale Forte; além do Cooler de Vinho e quatro tipos de chopp: Pilsen, Porter, Weiss e Pale Ale. O quadrilátero compreendido pelas Ruas Joaquim Nabuco, Barão do Triunfo, Princesa Isabel e Bernardino de Campos será tomado por mais de 200 atrações entre apresentações musicais, danças, teatro, circo, artesanato e gastronomia de diversas partes do Brasil e do mundo, além de exposições e exibição de filmes ao ar livre.

Se você gosta ou nuca experimentou os diversos estilos que a cervejaria americana Founders lança no mercado, corra! Compre uma lata ou garrafa porque serão as últimas da Founders aqui no Brasil. Motivos estratégicos fazem com que os donos da cervejaria parem de distribuí-la em nosso país :/

Esta é para os sériemaníacos: A Fox-Sony Pictures Home Entertainment, a Mr. Beer, rede brasileira de cervejas especiais, e a Cervejaria Dortmund se uniram para criar o Kit Breaking Bad, com uma cerveja de rótulo exclusivo. A edição limitada, de 1500 kits é vendida exclusivamente pela Mr. Beer, e o estilo da cerveja especial é German Pils, com 4,5% de teor alcoólico e lúpulos e maltes alemães.

Desde o dia 8 e até dia 26 está rolando a Oktoberfest de Blumenau, a maior do país e a segunda do mundo. Destaque para as cinco cervejarias artesanais locais que estão distribuídas nos três pavilhões da Vila Germânica. Informações detalhadas no site

O Delirium Tremens, franquia da famosa cerveja do elefantinho rosa e de um dos bares mais famosos do mundo, está devidamente inaugurado em São Paulo. Em breve, uma resenha do bar aqui neste blog. Ah! E aproveitando o assunto, nossos parabéns ao Empório São Paulo listado como um dos 21 melhores bares de cerveja artesanal no mundo. Confira aqui

Curitiba é reconhecida como cidade que tem um dos maiores pólos cervejeiros do Brasil. Dia 15 de novembro, na Expo Unimed Curitiba, acontece o IV Wikibier Festival com mais de 100 rótulos nacionais e internacionais, além de restaurantes, shows e outras atrações. Os ingressos e maiores informações você consegue no site e em outros 15 pontos de venda em Curitiba.

A Cervejaria Júpiter já tinha mandado para o Lupulinas seus novos lançamentos que envolviam uma parceria com a fábrica de pimenta De Cábron. Ainda uma experiência, os dois estilos que nos mandaram chamaram nossa atenção há alguns meses. Agora, já no mercado, com a receita totalmente definida pelo mestre-cervejeiro Victor Marinho, você pode saborear a Habanero Dubbel. No paladar um caramelo pronunciado mais especiarias, rapadura e lúpulo. Depois do gole vem o apimentado da habanero, descrito no rótulo como capiroto, que te deixa com os lábios flamejantes e aquela vontadinha de mais uma dose. Experimente. Outra novidade é que, em breve, David Michelsohn da Júpiter, será sócio de um novo bar onde não faltarão as deliciosas Júpiter, é claro!

Pelo segundo ano, o Rio de Janeiro sedia um dos maiores encontros cervejeiros do mundo: o Mondial de La Bière, originalmente um evento canadense. De 20 a 23 de novembro, produtores, distribuidores e consumidores de artesanais se encontrarão no Terreiro do Samba em um espaço com mais 30% do que foi ocupado no ano passado. Além dos 600 rótulos nacionais e internacionais, várias palestras e bate papos e shows e restaurantes, enfim uma festa completa. A destacar a presença do dinamarquês Jeppe Jarnit Bjergsø, da cervejaria Evil Twin, que aparece entre as dez melhores e mais criativas do mundo. O Lupulinas, como fez ano passado, vai cobrir o festival e contará tudo pra vocês. Maiores informações e ingressos no site

A Cervejaria Serra de Três Pontas começou a produção da Hop Lover, uma Imperial IPA feita com os lúpulos Citra, Simcoe e Amarillo e 90 IBUs (unidade de amargor). Esperamos ansiosamente pelo resultado já que eles são responsáveis pela Cafuza já resenhada no Lupulinas.

Também no Rio de Janeiro, de 27 a 30 de novembro, o Brasil receberá pela primeira vez o Belgian Beer Weekend Rio, um dos maiores eventos de cervejas belgas do mundo. Quarenta cervejarias, com mais de 200 rótulos, oferecerão “generosas doses em copos de vidro a preços acessíveis a todos os bolsos”. As aspas são do idealizador do evento Xavier Depuydt, conhecido como “o embaixador das cervejas belgas no Brasil”. Mais de 25 mil pessoas do Brasil e do exterior são esperadas na área climatizada de cinco mil metros quadrados do Centro de Convenções Sul América (Cidade Nova). A praça de alimentação tem a idéia de te transportar para a Bélgica, o que será um prazer. O Lupulinas também estará presente e depois te conta tudo. Maiores detalhes no site

É isso. Festivais e festas pra nenhum cervejeiro reclamar da vida.
Votem bem!

 

 

 

 

Novidades do Mundo Cervejeiro

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Mondial de La Bière
Novembro ainda está longe, mas o primeiro lote de ingressos para o Mondial de La Bière, no Rio de Janeiro, já está à venda. Esta é a segunda vez que o encontro acontece no Brasil, lá mesmo no Terreirão do Samba, onde rolou o evento em 2013. Serão apresentados mais de 650 rótulos em uma extensa programação que inclui workshops, bate-papos e concursos. A organização espera receber mais de 23 mil amantes de cervejas especiais entre os dias 20 e 23 de novembro. Este primeiro lote será vendido por 35 reais. Maiores informações:www.mondialdelabiererio.com

A Cerveja Gaúcha: Apóie sua Cervejaria Local!
O Rio Grande do Sul vem se destacando no mapa de pólos produtores de cerveja artesanal em todo o Brasil. Atualmente, mais de 50 cervejarias estão em operação e nos dias 19 e 20 de setembro, em Santa Cruz do Sul, nasce o Festival da Cerveja Gaucha. O objetivo é juntar em um só lugar produtores e apreciadores da artesanal gaudéria e fortalecer o mercado local. Nesta edição, 26 cervejarias artesanais estarão reunidas.
Santa Cruz do Sul/RS – Parque da Oktoberfest, pavilhão 2
Dias 19 e 20 de Setembro de 2014, sexta e sábado.
- Dia 19/09/14 • abertura 17h | encerramento 1h
- Dia 20/09/14 • abertura 15h | encerramento 1h

Cervejaria Coruja
A Coruja está comemorando 10 anos de vida e aproveita a data para renovar seus rótulos e lançar três novos tipos de cerveja: a Noctua (Extra Dark Lager), a Hop Otus (Otus Lager mais lupulada) e a Strix IPL (India Pale Lager). Além de todas estas novidades, a Coruja está colocando no mercado um modelo exclusivo de garrafas e inaugurando seu novo site. Boa sorte, ao Rafael e seus sócios! A partir de outubro, o consumidor já encontra as novas Corujas nos supermercados e lojas especializadas.

Cevada Pura Cervejaria – Lemondrop
A Cevada Pura Cervejaria está lançando a Lemondrop, uma Pilsen single-hop com o lúpulo Lemondrop que garante uma cerveja refrescante com amargor equilibrado e aroma cítrico de limão.
A festa de lançamento será nesta quinta-feira, dia 18 de setembro, no Mestre-Cervejeiro.com em Piracicaba, a partir das 18:09h (hahahaha)
Rua Dona Eugênia, 402 Loja 01
Tel.: (19) 3432-1728

Sazonais Bamberg
Alexandre Bazzo, um dos mais competentes produtores de artesanais no Brasil, tem sempre no portifólio da Bamberg as sazonais que são lançadas em sua época apropriada.

Bamberg Die Wiesn
Estilo lançado na Oktoberfest de Munique, a Die Wiesn tem sua versão brasileira nesta mesma época. É uma cerveja para festa, com corpo médio, refrescante e fácil de beber. Maturada durante um longo tempo, os maltes suavizados são a estrela desta cerveja. O lúpulo usado, o tradicional Hallertauer, confere um suave amargor e notas florais e cítricas.

Weizenbock Dunkel
Feita com 55% de malte de trigo, esta é uma cerveja que tem sua origem na Franconia, região que produz receitas que a Bamberg trata com respeito e carinho. Elas variam desde as mais claras, mais leves e refrescantes, até às escuras, com maior porcentagem de álcool e feitas para serem consumidas ao apreciar carnes e pratos gordurosos ou apimentados. A escura Weinzenbock Dunkel tem 8,2% de álcool e já ganhou Medalha de Prata no Japan International Beer em 2013.
A destacar nestas duas sazonais da Bamberg os rótulos caprichados que, ao mesmo tempo, unificam toda a arte gráfica da cervejaria.

Bodebrown – Double Perigosa Wood Aged
Com impressionantes 15,1% de álcool, essa cerveja é envelhecida por nove meses como se fosse um bebê vinho, em barril de carvalho francês. Ela é sazonal e tem edição limitada porque só sua fermentação leva quatro meses e é uma versão inspirada na tradicional Perigosa Imperial IPA que os irmãos Cavalcanti produzem há algum tempo em Curitiba. Eles garantem que a Double Perigosa Wood Aged, mantida em 12 graus, vai durar dez anos e que seu sabor só melhora com o passar do tempo. A Bodebrown já é uma das cervejarias mais premiadas do Brasil e a Double Perigosa contribui para isto:
- Medalha de Platina de melhor cerveja do festival no Mondial de La Biere 2014. Montreal, Canadá.
- Medalha de Ouro no South Beer Cup 2014, em Belo Horizonte.
Os pedidos podem ser feitos no site

8º Paladar Cozinha do Brasil
No próximo fim de semana, dias 20 e 21 de setembro, rola o 8º Paladar Cozinha do Brasil, em São Paulo. Os melhores e mais famosos chefs do país e grandes nomes da cerveja estarão juntos para celebrar a cozinha brasileira.
Serão 82 atividades com a participação de 102 palestrantes. Vai ter música ao vivo, comida de rua, a presença de restaurantes como Dalva e Dito, Mocotó, Dona Onça, Meats e barraquinhas vendendo produtos especiais. Você pode se inscrever para oficinas e palestras, como também ir ao evento para saborear comidinhas, cervejinhas e encontrar amigos. É uma festa que tem lugar para todo mundo: dos que nunca entraram na cozinha, mas gostam de comer e beber, aos que não saem de uma.
Programação completa, inscrições e compra de ingressos:http://goo.gl/XPYG7g
Universidade Anhembi Morumbi
Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia
Palestras e oficinas: das10h às 21hs
Mercado Paladar: das 12h às 22h.