#ResistênciaCervejeira: Curitiba em SP

0 Comentario(s)
IMG_6512

#ResistênciaCervejeira é o nome de um movimento que une algumas das melhores cervejarias de Curitiba. A idéia é romper a cadeia ~natural que dificulta a distribuição de suas cervejas em todo o país. Todos são cervejeiros ciganos (sem fábrica) que usam a planta da Cervejaria Gauden e que em comum têm também o fato de terem começado em 2013.

Ontem num bom bate-papo e uma degustação escolhida a dedo, o mestre-cervejeiro da @dumcervejaria, Luis Felipe Araújo, nos brindou com estas delicinhas paranaenses:

GENGIBÉRA da Cervejaria Tormenta, equilibrada e suave, usa em sua receita malte Pale Ale, lúpulos Nugget e Cascade e adição de gengibre na fervura. Alta bebabilidade com o gengibre presente, mas incorporado levemente à receita. A arte do rótulo, como é característica da Tormenta, é super colorida e bem feita, talento de Fábio Aet.
5.0% álcool
IBU 25

WARSZAWSKIE POWSTANIE, ou traduzindo do polonês Levante de Varsóvia, é uma colaborativa entre a Cervejaria Dum e a mineira Smedgard. Leva este nome porque em sua receita inclui lúpulos poloneses e centeio que eram usualmente usados nas fermentações polonesas num costume que se perdeu durante a ocupação feita pela Alemanha nazista.
O lúpulo traz aromas de frutas vermelhas escuras e a cerveja é uma lager seca com a picância do centeio. MUITO interessante. A arte do rótulo traduz com originalidade do que se trata a cerveja.
4,7% álcool
IBU 36

BROU da cervejaria F#%*ING BEER é uma American Brown Ale com lúpulos Citra, Centennial e Cascade. Um cafezinho super equilibrado com alcool mas bem leve. Ótimo para nosso país tropical já que esse estilo de cerveja costuma ser mais alcóolico.
5% álcool
IBU 20

VALKYRIE’S BLESS BERRIES, da excelente cervejaria Pagan do portifólio da Gauden Beer que traz as receitas de Tiago Pagan. É uma English IPA com frutas vermelhas muito saborosa digna dos heróis abençoados pelas Valquírias como afirma seu rótulo.
6,2% álcool
IBU 34

WARRIORS OF SCOTLAND, também da cervejaria Pagan é uma Scotch Ale com malte trufado e lascas de carvalho francês na maturação. É uma cerveja forte, mas com tanto equilíbrio que não fica nenhum resíduo alcóolico no paladar. Uma homenagem aos guerreiros vikings que, diz a lenda, apresentou o whisky à Escócia.
9,2% álcool
IBU 34

BALTYK ATLANTICO, da Cervejaria Dum, é uma Porter feita com lúpulos poloneses, com acréscimo de cacau e cumaru na fervura. Cumaru é conhecida como a baunilha amazônica. Na receita, o cervejeiro foi equilibrando a quantidade de cumaru aos poucos o que realmente faz com que ele seja presente, mas muito bem incorporado à esta Porter bem forte.
9% álcool
IBU 80

PETROLEUM CHIPOTLE é a consagrada receita da Petroleum, da Cervejaria Dum com o acréscimo da pimenta mexicana Chipotle. Se você não gosta de pimenta não beba. Como diz o cervejeiro Luis Felipe não tem por quê a pimenta ser sutil.

NATAL EM OUTUBRO

0 Comentario(s)
cerveja-artesanal-2

Para o cervejeiro o verdadeiro Natal é em Outubro. Desde 1810 quando foi criada a primeira Oktoberfest em Munique, este mês é marcado por festivais, festas, promoções e lançamentos cervejeiros pelo mundo. Sem a pretensão de listar todos estes eventos, escolhi os dois mais importantes do Brasil nesta época do ano.

OKTOBERFEST
Inspirada na tradicional festa alemã que teve origem em 1810 em Munique, a Oktoberfest de Blumenau (SC) se tornou uma das festas mais populares do Brasil. Sua primeira edição foi em 1984 e teve o público de 102 mil pessoas, número que superava a metade da população local da época. Nos anos seguintes o evento atraiu o interesse de cidades vizinhas e consolidou Blumenau como principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Apesar de ser famosa pelas cervejas, a festa é folclore, memória e tradição.

Durante seus 19 dias os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típica, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. Em 2015 o evento contou com o público de 473 mil pessoas que consumiram 599.622 litros de cerveja. A expectativa para a edição atual é que o número de visitantes chegue a 600 mil pessoas.

Dentro da Oktoberfest várias atividades estão programadas. Entre elas, os turistas poderão aprender sobre cerveja em mini-cursos de até duas horas. Aulas de produção cervejeira e degustação serão realizadas na Escola Superior de Cerveja e Malte durante 14 dias do período da festa. As inscrições para os cursos de férias e o agendamento de visitas podem ser feitos através do site da ESCM  ou do telefone (47) 3380-5200.

Várias agências de turismo bolaram passeios para atender a demanda desta época do ano. Entre a propostas , que tal conhecer os roteiros Vale da Cerveja? Durante a 33ª Oktoberfest, o Blumenau e Vale Europeu Convention & Visitors Bureau e a Oktobertur promovem passeios pela região mostrando os principais atrativos e, é claro, as cervejarias. Cada dia da semana um passeio diferente. Já o passeio o Ciclo Bier  une duas paixões: bicicleta e cerveja artesanal. Em uma das regiões mais bonitas do estado de Santa Catarina, o Ciclo Bier é a maneira mais prazerosa e saudável de conhecer um pouco mais sobre processo de fabricação das tão renomadas cervejas de Blumenau e região. Outros passeios são também oferecidos no site da Oktoberfest
Serviço:
33ª OKTOBERFEST
De 05 a 23 de outubro
Parque Vila Germânica
Rua Alberto Stein, 199
Velha – Blumenau – Santa Catarina

MONDIAL DE LA BIÈRE
O Mondial de la Bière, no Rio de Janeiro, chega a sua 4ª edição. De 12 a 16 de outubro os armazéns 2, 3 e 4 do Pier Mauá, Zona Portuária, serão tomados por rótulos exclusivos, novos sabores, aromas e texturas. O espaço de 13 mil metros quadrados, 30% maior que no ano passado, possibilitará o aumento de expositores, maior área de alimentação e shows com muito mais conforto. A expectativa de público para 2016 é de 50 mil pessoas. Realizado anualmente em Montreal, no Canadá, e em Mulhouse, na França, o evento é considerado a porta de entrada para muitas indústrias de cervejas estrangeiras nos países de realização.

Com aproximadamente 120 expositores e mais de mil rótulos de cervejas especiais para degustação, o Mondial oferecerá em sua programação concurso, shows, Petit Pub – apenas com rótulos internacionais e inéditos – e a Beer Boutique, espaço dedicado à venda de garrafas de cervejas especiais para que os visitantes possam levar um pouco do festival para casa. Grandes mestres cervejeiros, personalidades e rótulos premiados já são presenças confirmadas.

O Mondial terá mais de 20 estandes de alimentação assinados por endereços como Aconchego Carioca, Hell’s Burguer, Hare Burguer, Boteco do Toninho e Ogrostronomia. Para a sobremesa, a Mil Frutas já garantiu a participação. Já as atrações musicais serão mais democráticas, com bandas de folk, jazz, reggae, rock e samba.

Entre muitas atividades propostas o Mondial de la Bière apresenta pela primeira vez o Bohemia Master Class. Palestras e debates acontecerão, paralelamente ao evento, nos dias 13 e 14 de outubro, no Hotel Vila Galé, na Lapa, Rio de Janeiro. Inscrições aqui

Desde sua primeira edição o Mondial é também um concurso de degustação profissional de cerveja, o MBeer Contest, que contará com um júri altamente qualificado de integrantes nacionais e internacionais. O MBeer Contest Brazil é uma competição inovadora, com avaliação baseada nas qualidades intrínsecas da cerveja. Sem categorias pré-definidas por estilo, os juízes – que farão as degustações às cegas – identificarão o estilo da cerveja e a avaliarão de acordo com o estilo identificado.
Serviço:
MONDIAL DE LA BIÈRE
De 12 a 16 de outubro
armazéns 2, 3 e 4 do Pier Mauá
Rio de Janeiro

 

Blumenau: capital brasileira da cerveja

0 Comentario(s)
Wals

texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

Até este sábado, 12 de março, Blumenau é a capital da cerveja do Brasil. Reunindo festival, feira e concurso produtores e consumidores estão reunidos trocando experiências e mostrando sua paixão pela cerveja artesanal brasileira. O maior festival brasileiro mostrará números impressionantes: 222 cervejarias inscritas e 1469 rótulos. Foram distribuidas no Concurso 89 medalhas de bronze, 78 de pratas e 59 de ouro. Por enquanto, vamos listar algumas das novidades que algumas cervejarias apresentam ao público. A lista completa é enorme e foge um pouco ao interesse dos leitores deste blog.

Bodebrown (premiada este ano como a terceira cervejaria brasileira) - Dez lançamentos de cerveja marcam a participação da Bodebrown no  Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau, na Vila Germânica. No total, a cervejaria curitibana levará 17 criações assinadas pelo cervejeiro Samuel Cavalcanti. Entre os destaques, dois superlançamentos: a Ice-Double Perigosa e a Double Perigosa em versões Wood Aged, que são as cervejas envelhecidas em madeira com os maiores teores alcoólicos do Brasil nesta categoria. Além delas, ainda vão mais duas versões da Perigosa, emblemática cerveja da Bodebrown: Perigosa Ipa e Baby Ipa. “Está indo toda a família: Avó, mãe, filha e neta”, brinca Samuel Cavalcanti, fundador da cervejaria.

Ampolis - A cervejaria Ampolis, criada em homenagem ao saudoso humorista Mussum, participa pela primeira vez do Festival Brasileiro da Cerveja. No estande reservado para a cervejaria, será possível degustar rótulos já consagrados como a Biritis, uma Vienna Lager, de baixo fermentação, cor alaranjada, com aroma e amargor de lúpulo moderado, com teor alcoólico de 4,8%, e a Cacildis, uma Premium Lager dourada e refrescante, com teor alcoólico de 5%. O mais novo rótulo da marca, batizado de DiTriguis, uma witbier, cerveja de trigo estilo belga, elegante, com 4.8% de álcool e que leva raspas de laranja e pimenta-da-Jamaica na receita, também poderá ser apreciado.

Amazon Beer - Maior pioneira no cenário cervejeiro do Norte do país, a Amazon é referência quando o assunto são produções criativas de cervejas com aquele que a mais de brasilidade. O que se manteve em destaque em 2015 quando a cervejaria assinou a produção de duas cervejas que apresentaram ao país novos sabores amazônicos:

Cupulate - Estilo tradicional inglês com adição de Cupulate na maturação – chocolate amazônico obtido por meio da semente do cupuaçu (fruto da região) – e notas de café, chocolate ao leite, cacau e amêndoas. Receita colaborativa com as cervejarias Bodebrown e DeBora Bier, ambas de Curitiba/PR.

Erva Chama - Cerveja possui uma quantidade maior de malte e lúpulo, além de Erva Chama que é usada pelos indígenas pra atrair bons fluidos, apresenta característica cítrica e harmonizando perfeitamente bem com os lúpulos utilizados. A Imperial IPA apresenta cor alaranjada com creme denso de ótima formação.

Cevada Pura - Sediada em Piracicaba, leva sua linha completa de oito rótulos de cerveja, além dos chopps American IPA, Brown Ale Café&Cacau, Pilsen Lemondrop e Weizenbier. Em 2015, a Cevada Pura participou em quatro categorias, e teve todos os rótulos premiados: Irish Red Ale (ouro – melhor Irish Red Ale), Oatmeal Stout (ouro – melhor Oatmeal Stout), English IPA (prata em English India Pale Ale) e Lemondrop (prata, sendo a melhor American Style Pilsener, uma vez que não houve ouro na categoria).

“Para a Cevada Pura, o Festival Brasileiro de Cerveja é um dos mais conceituados eventos do ramo e é uma grande oportunidade de expor a marca para o público cervejeiro, estar em contato direto com o consumidor de cerveja artesanal do sul do país, e com todos aqueles que viajam para Blumenau todos os anos para um dos mais importantes festivais”, afirma Alexandre Moraes, sócio da marca.

Wäls - Para Blumenau, os mineiros resolveram levar seus experimentos do Tasting Room, um espaço dentro da cervejaria destinado a receitas exclusivas. São 23 experiencias diferentes, entre elas, a Alambique County, a Saison dÁlliance e a Hop Corn.

Júpiter - Veja as novidades da paulistana Júpiter para Blumenau:

- Júpiter Tânger (com infusão de chá Earl Grey) – Como se fosse um dry chá. As notas condimentados e cítricas da Tânger, com retrogosto de tangerina e aroma herbal de chá.
- Júpiter Super Talismã - base de Talismã IPA com muito mais madeira na maturação
- Júpiter SalApa de frutas - A mesma American Pale Ale da cervejaria que passa por um filtro infusor recheado de frutas cítricas.

Perro Libre - A cervejaria gaúcha leva à Blumenau 14 novos estilos de cerveja. Entre eles, Brett Alecrim Saison, Coconut Porter e 803 Black Rye IPA.

Landel - O ano começou com tudo para cervejaria que lança sua nova cerveja, a Landel Cafetina, uma English Brown Porter (5,5% ABV) com blend de grãos de café arábica da região campineira. Essa novidade já seria muito boa, mas ainda tem mais, ela será lançada em latinhas de 355ml. Junto com ela, a Landel Session IPA também será lançada no mesmo formato. O grande lançamento acontece justamente em Blumenau e logo após o evento elas começam a chegar nos pontos de venda em todo país.

 

 

 

 

 

 

 

 

Então é Natal… Saúde a todos!

0 Comentario(s)
KIT CERVEJA  Mediterrânea (EM ALTA)

texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

O natal está chegando e a expectativa pelos assados e cardápios, vamos dizer assim, absolutamente gordurosos será confirmada em breve. E se copiamos a culinária praticada no hemisfério norte, que passa pelo inverno nesta época, adequado é escolhermos nossas cervejas seguindo a mesma lógica. É claro que não estou dizendo que temos que passar a noite toda bebendo cervejas mais encorpadas pra acompanhar os assados servidos, mas uma ou duas ou três podem seguir este critério ;)

O básico é: ao acompanhar carnes mais gordurosas procure uma cerveja estilo Golden Ale, Tripel, Belgian, Dubbel e outras que tenham uma graduação alcoólica maior que a comum. Por isso beba devagar. Na sobremesa, principalmente se ela tiver chocolate, beba uma Stout ou uma Porter.

É nesta época também que as lojas, bares, empórios e clubes de cerveja oferecem várias ofertas a seus clientes. Vamos indicar algumas delas:

Amazon Beer – Kit Degustação (6 garrafas + copo)
Uma das mais tradicionais cervejarias artesanais do Brasil, a Amazon Beer é famosa pela sua produção de cervejas que levam os sabores de frutos e raízes amazônicas.
E na Loja Virtual “The Beer Planet” é possível comprar um kit contendo seis rótulos da cervejaria e ainda com uma caldereta. As cervejas do kit são Açaí Stout, Forest Bacuri, Cumaru IPA, Taperebá Witbier, Pripriroca Red Ale e Cupulate Porter.
Onde comprar: Loja Virtual The Beer Planet

Kit Cerveja Mediterrânea
Única linha de cervejas do mundo a ser produzida com folhas de Oliveira (inclusive de cultivo próprio), a Mediterrânea apresenta kit com 4 unidades (cada uma com 300 ml) das suas cervejas artesanais. O comprador pode escolher quatro dentre os seis rótulos da linha de cervejas (Missouri, Kentucky, Mississippi, Luisiana, Iowa e Hawaii).
Onde comprar: Loja Virtual Folhas de Oliva

Kit Brooklyn – Balde
A cervejaria Brooklyn Brewery (com representação no Brasil pela BeerManiacs) mantém sua expansão pelo país e oferece aos cervejeiros um Kit especial com Balde e seis garrafas long neck das suas principais cervejas de linha (Lager, East India Pale Ale e Brown Ale).
Ponto de Venda: Loja Virtual Beer Shop

Kit Brooklyn – com Copo
Outra boa pedida é este kit da Brooklyn Brewery (com representação no Brasil pela BeerManiacs) contendo três garrafas da marca (Lager, East India Pale Ale e Brown Ale) e ainda um copo (Pint) da marca para a degustação das cervejas ser ainda mais completa.
Ponto de Venda: Loja Virtual Mundo das Cervejas

Kit Estrella Damm – Balde
Famosa por ser a cerveja que patrocina o time do Barcelona, a Estrella Damm (com representação no Brasil pela BeerManiacs) é uma cerveja muito fácil de beber e agrada muito o paladar dos cervejeiros brasileiros. Ainda mais quando a cerveja é servida em um balde exclusivo e que ajuda a mantê-la na temperatura ideal de consumo.
Ponto de Venda: Loja Virtual Costi Bebidas

Kit Estrella Inedit – com taças
Produzida para ser degustada como cerveja gastronômica, a Estrella Damm Inedit (com representação no Brasil pela BeerManiacs) é opção certeira para o cervejeiro brindar o Natal com todo estilo. E com o Kit da bebida o brinde pode ser compartilhado ao se utilizarem as duas taças exclusivas da marca.
Ponto de Venda: Loja Virtual Costi Bebidas

Kit Tempelier – garrafa e taça
Uma das cervejas belgas de maior presença no mercado brasileiro, a Tempelier (com representação no Brasil pela Bier & Wein Importadora) é uma cerveja bastante complexa. O que transforma sua degustação em um momento de festa. Ainda mais quando apreciada em sua taça exclusiva.
Ponto de Venda: Loja Virtual Empório Veredas

Estão à venda também panetones que levam em suas receitas deliciosas cervejas.

- Panetone com Cerveja Sea Dog Hazelnut Porter
A junção da cerveja Sea Dog Hazelnut Porter com um panetone recheado com creme de avelãs e gotas de chocolate, feito com a cerveja artesanal americana confere um paladar único e uma textura extremamente macia e saborosa. Raridade que só foi possível através da parceria entre o renomado Chef Ronaldo Rossi que criou a receita, a Casa Suíça que produziu à perfeição e a importadora Get que traz a Sea Dog com exclusividade para o Brasil. No aroma e no paladar remete à chocolate com avelãs e tem recheio abundante. Para harmonizar, escolha cervejas mais alcoólicas, encorpadas e escuras, como o Russian Imperial Stout. Umaviagem sensorial sem precedentes para quem gosta de cerveja, panetone e chocolate!
na Loja Virtual The Beer Planet

- Panetones da Cervejaria Nacional
Depois do grande sucesso do Natal passado, mais uma vez a Cervejaria Nacional celebra o mês de dezembro com panetones feito a base de cerveja. A casa lança duas receitas exclusivas que há estão à venda: a primeira sugestão é um Panetone recheado com ganache de chocolate feito com cerejas e cerveja Sa´Si Stout. Outra boa pedida é a versão recheada com doce de leite e Mula IPA. Ambos com 750g podem ser levados para casa por R$32.
Cervejaria Nacional – Av. Pedroso de Morais, 604 – Pinheiros, São Paulo – SP
telefone: (11)3034-4318

Cervejaria Dádiva produz receita campeã de double IPA

1 Comentario(s)

 

BAZOOKA

Altamente lupulada, de sabor cítrico e com 8,7% de volume alcoólico, a receita vencedora do 6º Concurso Estadual de Cervejeiros ACervA Paulista deste ano surpreendeu em paladar, foi produzida pela Cervejaria Dádiva e já está sendo distribuída no mercado.

Setenta e sete receitas de Double IPA – India Pale Ale, selecionadas meio a 122 inscritas no concurso deste ano, foram julgadas por um júri expressivo de 40 especialistas do setor, consagrando vitória à receita de autoria exclusiva do cervejeiro caseiro Jorge Do Val que ganhou o nome de Bazooka.

Este lote sazonal de double IPA Bazooka foi engarrafado sem processo de pasteurização, ou seja, o produto chega ao mercado em forma de chope e cerveja “vivos”, em alguns dos principais pontos de venda da Cervejaria Dádiva, como Empório Alto dos Pinheiros, Cerveja Artesanal e Let´s Beer, de São Paulo, e Cervejoteca, de Campinas.

“A cerveja ficou surpreendente e conseguiu atingir um equilíbrio entre malte e muito lúpulo, em uma receita com quase 100 IBU’s (unidades de amargor)”, comenta Luiza Lugli Tolosa, sócia-fundadora da Cervejaria Dádiva, que incorporou a receita ao portfolio da cervejaria, ao lado das já consagradas American Amber Ale, Premium Lager, Munich Dunkel e da sazonal Saison Printemps.

 

texto e fotos: divulgação

Os inquestionáveis novos rótulos da Cervejaria Dogma ;)

2 Comentario(s)
IMG_4014

texto: Cilmara Bedaque e divulgação

fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

Já falamos aqui no Lupulinas sobre a nova Cervejaria Dogma que nos chamou a atenção pela união de três micro-cervejarias bem conceituadas no meio cervejeiro brasileiro. Continuando seu plano de lançamentos, a Dogma apresentou duas novas colaborativas com a cervejaria californiana Modern Times. São a Modern Dogma, uma Imperial Mocha Porter (com 9% de graduação alcoólica e 40 de IBU) e a Panopticon Times, uma Belgian Saison (com 5,6% de ABV e índice de amargor de 23). Mais duas cervejas pra firmar o nome da Dogma como uma das melhores cervejarias do Brasil.

MODERN DOGMA
Estilo: Imperial Mocha Porter
ABV: 9%
IBU: 40
Formato: 310ml
Copo ideal: Snifter, Iso ou Bordeaux
Preço sugerido: R$26 nos pontos de venda
Harmonização: Queijos Azuis, Queijos de Fungo Branco, Frutas Vermelhas, Nozes Pecan, Chocolate Amargo e Sobremesas à base de Chocolate.
Assim como a Dogma, a californiana Modern Times é uma cervejaria relativamente nova e que está conquistando não só o público como também os críticos pela qualidade de sua cerveja. Para fazer estas duas colaborativas, os americanos Jacob McKean (Mestre-Cervejeiro da Modern Times) e Amy Kroone (responsável pelos cafés da marca), passaram o mês de agosto no Brasil conhecendo nossa cultura e visitando fazendas de café, guiados pelo conhecimento na área de Bruno Moreno da Dogma. Na apresentação da cerveja aos jornalistas, a Dogma nos serviu um café feito com os mesmos grãos usados na cerveja(o mineiro Mundo Novo). Garanto a vocês que foi um dos melhores cafés da minha vida e essa impressão se confirmou quando experimentamos a Modern Dogma.

PANOPTICON TIMES
Estilo: Belgian Saison
ABV: 5,6%
IBU: 23
Formato: 310ml
Copo ideal: Snifter, Iso ou Bordeaux
Preço sugerido: R$22 nos pontos de venda
Harmonização: Queijos Gouda, Brie e Camembert, Saladas, Peixes, Frutos do Mar, Massas e Risotos com sabores delicados.
Panóptico é um modelo de prisão desenhado por Jeremy Benthan para que apenas um único homem pudesse observar todos os prisioneiros, sem que eles soubessem que estavam sendo observados.
“Esse modelo foi expandido para a sociedade e muitos hoje acreditam que vivemos sendo observados, em uma sociedade do espetáculo, onde quando não somos observados por câmeras e mecanismos de controle expomos nossa privacidade em redes sociais”, comenta Bruno Moreno, um dos sócios-proprietários da Dogma. Se você ampliar o rótulo pode ver no panóptico homens e mulheres presos com seus celulares e tabletes.
Uma Belgian Saison foi elaborada, refrescante, frutada e complexa. Na receita o Cajá-Manga e um Dry-Hopping generoso do lúpulo americano Equinox, para acentuar ainda mais o cítrico e tropical dessa cerveja que visa desligar nossa sociedade desse controle e religar ao que realmente importa.
P.S.: O Lupulinas lamenta ter perdido quase todo material captado na entrevista /o\ e agradece os textos e fotos de divulgação da Raphael BeerPress

Cilene Saorin: mestra-cervejeira sim. Por que não?

3 Comentario(s)
cilene-saorin_destaque

Eu, Lupulina Cilmara Bedaque, conheci Cilene Saorin quando fiz um programa pro canal GNT onde ela era consultora sobre cervejas e seus estilos. Uma das primeiras mestras-cervejeiras do Brasil, Cilene invadiu este mundo masculino com muita firmeza, mas também com delicadeza e precisão. A quantidade de títulos, cursos e especializações que já fez ela prefere esconder sob o manto do amor à cerveja. Mas informamos que Cilene é do time da Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte desde 1999 e presidente desde 2004. Aulas, palestras, projetos e feiras especializadas recebem também sua consultoria. Também é membro do Comitê Internacional do Institute of Brewing & Distilling, na Inglaterra. Isso tudo entre outras inúmeras atividades. Fiz uma entrevista com ela, agora, pra ilustrar com histórias de pessoas tudo o que gravita ao redor do mundo da cerveja.

Lupulinas – Se você tivesse que se apresentar em uma palestra ou pro leitor do Lupulinas o que diria?

Cilene – Bom, eu normalmente me apresento com meu nome, é lógico, eu sou Cilene Saorin, uma profissional das cervejas. Sem falar muitos títulos técnicos, mas uma profissional a serviço das cervejas.

Lupulinas – Como, quando e por que nasceu este seu interesse pelas cervejas?

Cilene – Como, eu estava estudando no quarto ano de Engenharia de Alimentos, em 1992 (o que já revela muita coisa… risos) tinha uma imensa vontade de fazer um estágio em tecnologia de fermentações. A priori, poderia ser numa fábrica de queijo, vinho, iogurte, cerveja… Aí abriram duas vagas na Brahma em Guarulhos; na época e eu estudava na Mauá e morava na Zona Leste de São Paulo e mesmo sendo tudo muito longe, eu me interessei e junto a mais de 250 pessoas me candidatei à vaga. Consegui ser escolhida e neste estágio fiquei até um pouquinho depois de formada. E durante este um ano e meio eu me apaixonei pela cerveja em si porque tive muitos bons professores e, particularmente, o mestre-cervejeiro Matthias Reinold que foi meu primeiro chefe na Brahma. Um grande professor, muito paciente, porque eu era uma menina de 20 anos querendo conhecer ansiosamente tudo. E ele me punha pra recolher a levedura no final do tanque de fermentação e me fazia empurrar fermento na hora da maturação e quase desmaiar cheirando gás carbônico no tanque indoor e essas coisas… (risos) Paciente, mas malandro, me botando pra sacar que o jogo era duro… Ainda mais numa época que eu era a única entre vários homens daquela fábrica. Gostei muito de aprender sobre a tecnologia que eu já era encantada, mas fiquei particularmente engatada no desafio de vencer a barreira dos homens, de uma mulher dentro de um ambiente muito masculino…

Lupulinas – É isso, lugar de mulher é no tanque, né? No tanque de fermentação (risos)

Cilene – Bom, no meu caso, foi literalmente isso! Olha, eu me lembro de uma cena, que foi das primeiras… Eu lembro de, devia ser insuportável, quase insuportável na ansiedade, na vontade de fazer coisas. E eu, nos meus vinte, querendo estar perto, ouvir o Matias, aqui e ali, nas degustações, nas sessões de degustação. Eu só ficava de lado, não botava cerveja nenhuma na boca porque não me deixavam, no começo, só ouvindo as degustações… E lá pras tantas ele foi me dando uma colher de chá aqui ou ali. Mas isso depois de meses! Só que, antes disso, “ah você quer saber como faz mosto? Beleza! Carrega um saco de malte aqui e ali… Ajuda, pelo menos…” Porque eu não conseguia carregar um saco de cinqüenta quilos ou o lúpulo, ou isso ou aquilo, mas ficava lá o tempo inteiro controlando com as fichas de controle de processo, fazendo controles estatísticos, fazendo planilhas e gráficos em computador numa época que não existia muito dessas… Excel não existia!

Lupulinas – Exatamente! Era tudo na mão, né?

Cilene – Era tudo na mão!

Lupulinas – E me fala uma coisa… Aí, tá, você já estava lá… Estava na Brahma… Aí você falou “Bom, amei, gostei, quero continuar com isso…”, então você foi procurar os cursos de especialização…

Cilene -Demorou um pouquinho ainda. Primeiro eu terminei a faculdade, continuei na Águas da Serra um pouquinho mais, na Brahma, em Guarulhos, um pouquinho mais, até começo de 93, e aí eu fui dispensada. O Matias era o meu chefe direto, mas não o chefe que decidia se eu ficava ou não. E o chefe que decidia se eu ficava ou não decidiu que mulher não era exatamente o objetivo. Claro que isso não foi escancarado, isso foi velado.

Lupulinas – Mas a gente sabe como funciona.

Cilene – A gente sabe. O fato é que eu não desisti porque eu já estava completamente envolvida com a idéia. E aí fui buscar trabalho em outras cervejarias, dei com os burros n’agua em outras cervejarias, a exemplo da Schincariol, que também não aceitava mulheres na época, na Antarctica, que também não aceitava…

Lupulinas – É dureza.

Cilene – É! Mas naquela época, no comecinho de 94, quem nascia?

Lupulinas – Quem nascia?

Cilene – A Petrópolis nasceu em 1994! Eu botei o meu currículo na mão de um cara que resolveu me dar um emprego. E aí eu comecei na fábrica de Petrópolis, no Rio de Janeiro, pros idos de maio, junho de 94… Terraplanagem ainda, os tanques de fermentação e maturação chegando… Eu tenho fotos de terra batida dessa história!

Lupulinas – Você ficou lá até quando?

Cilene – Só depois de dois anos e meio, ralando e recebendo muitos bons ensinamentos, eu tive três chefes ao longo desses dois anos e meio de Petrópolis… Foram anos duros, devo dizer… Mas foram três chefes muito diferentes entre si, o último deles super linha dura, que não me ajudava muito no sentido paternal da palavra, mas por outro lado, é o jeito dele, eu não…

Lupulinas – Você tinha alguma colega?

Cilene – Eu tinha uma colega que era de laboratório e que, na verdade, naquela ocasião, não era exatamente, eu poderia dizer, super colega, porque ela me via às vezes, eu sentia isso, ela me via como uma ameaçadora de cargo, sabe? Quando eu não tinha a menor intenção… Hoje em dia ela me vê completamente diferente e tal. Mas é engraçado porque nessa época era uma grande ameaça. E éramos duas mulheres apenas na fábrica! E, ao longo desses três chefes, o último deles, que foi um chefe duro, eu nem o condeno muito, mas foi um chefe muito duro, aprendi muito com ele… E nesse aprendizado com ele, o que talvez eu mais tenha recebido em ensinamento foi que a minha determinação é que a poderia valer toda a minha vida.

Lupulinas – Na hora do vamos ver…

Cilene – Porque se eu recebia, e recebia mesmo, barreiras através da palavra, através de gestos, através de interrupções de trabalho… O tempo inteiro “para de fazer isso, menina! Faça isso que eu estou mandando e cala a boca!”… [risos] Se a cada vez que eu recebia uma ordem dessas, eu parasse de ser determinada no que eu queria, eu já teria desistido, eu teria feito qualquer outra coisa da minha vida.

Lupulinas – Aham, sem dúvida. Isto te fortaleceu!

Cilene – Sim!E em meados de 96, no segundo semestre, eu saí da Petrópolis, dois anos e meio depois, e fui pra Espanha pra fazer um mestrado em tecnologia cervejeira por conta própria. Nesses dois anos e meio de Petrópolis eu não recebi absolutamente nenhum incentivo da cervejaria, a não ser um pequeno incentivo, que eu não descarto e foi extremamente importante, de um líder administrativo, com o consulado brasileiro na Espanha que conseguiu uma vaga, com um valor mais ameno pra mim, no abrigo lá da cidade universitária. Porque se eu não tivesse conseguido esse desconto, eu não teria conseguido pagar a minha subsistência na Espanha por todo aquele tempo.

Lupulinas – É incrível, né? Não, mas essas coisas realmente só nos deixam mais fortes… Você citou aí que várias vezes você é a única mulher. Isso é uma coisa que eu sinto que está mudando bastante nos últimos anos, né? Porque você encontra mestras cervejeiras por aí, jornalistas, blogueiras, sommeliers, tem várias formações na área…

Cilene -Porque, naquela época, nos anos 90, a única formação ainda ligada às cervejas era de mestre cervejeiro.

Lupulinas – Não existia o conceito de sommelier…

Cilene – Muito pouco, o conceito de sommelier nasceu em 2004 com Doemens, na Alemanha. Até então o tema cerveja era muito dedicado, muito atrelado ao profissional técnico. E aí, esmagadoramente, um mundo masculino.

Lupulinas – Se você tivesse que comentar hoje, se você tivesse uma sobrinha, filha, ou sei lá, o que você falaria pra uma menina que hoje estaria começando, gostaria de entrar, começar nessa carreira?

Cilene – Perguntaria a ela: você realmente gosta da idéia de trabalhar com essa bebida? Você gosta realmente da cerveja? Nos pormenores, desde a mais popularesca até a mais complexa e rebuscada que há, sem nenhum preconceito? Então vá! Porque se é movida pela paixão, se tiver que defender uma cerveja popularesca, popular mesmo, de bar, de boteco da esquina, a boa e velha loira, gelada, ou se tiver que defender uma wine, envelhecida ‘x’ anos numa barrica de madeira carvalho tenha a mesma paixão!

Lupulinas – Mas a boa e velha loira gelada da esquina, tem muita gente que bota no pau!

Cilene – É, exatamente, que tem preconceito!Me desculpe, Cil, eu coloco a cara pra bater. Mas eu defendo. Porque eu acho que tem lugar pra todos e tudo.

Lupulinas – Exatamente.

Cilene -Tudo e todos. Eu defendo a ponderação e a pluralidade. E absolutamente defendo a pluralidade. Se existem as cervejas popularescas, é porque existem pessoas que amam e se divertem e são felizes com ela. Da mesma forma que com a barley wine ou a porra que seja… E se você entende a cerveja nessa essência, em toda sua importância histórica, gastronômica, filosófica, política, enfim, amiga, vai em frente! Porque é assim que eu entendo e assim, mesmo eu não ganhando tanto dinheiro, porque eu não estou rica, muito pelo contrário, eu não estou o tempo inteiro feliz com algumas situações, porque todo trabalho é assim, mas, mesmo assim, o saldo final é porque existe um motor humano aí chamado paixão que te motiva e impulsiona.

Lupulinas – Não existe nada melhor na vida do que trabalhar com o que você gosta, né? Mas deixa eu te fazer uma pergunta complexa: é o mercado da artesanal brasileira. A gente vê a cerveja artesanal crescer no mundo todo, o consumo, a produção, o conhecimento, as pessoas estudando o assunto, as experiências… A dita cerveja experimental… E a gente está vendo, de maneira bem incisiva, isso acontecer aqui no Brasil agora. Eu acompanhei isso nos Estados Unidos e estou vendo que a coisa está, de certa maneira, se reproduzindo aqui. Ela ainda é mais cara que a produzida pelos americanos. Por inúmeros fatores, ainda é mais cara. Você vê alguma possibilidade da cerveja artesanal, num país grande como o Brasil, ser consumida em um volume considerável?

Cilene -Mais viável?

Lupulinas – É, uma coisa que se espalhe mais um pouco mais, que esse conceito do beber menos e beber melhor funcione… Porque é isso que eu sinto… Às vezes eu levo alguns amigos pra um bar de cerveja artesanal e eles começam a perceber que eles bebem devagar, que não é aquela sofreguidão daquele monte de chopp, aquele monte de bolacha uma em cima da outra que, no final das contas…

Cilene – Tem o seu valor…

Lupulinas – Tem o seu valor!

Cilene – Tem o seu momento…

Lupulinas – Mas eu estou falando sobre o valor mesmo, você entendeu? Ela não é tão mais cara assim porque você não bebe a quantidade que você bebe de chopp, né?

Cilene – Exatamente!

Lupulinas – Fica aquele concurso de bolacha num bar e um chopp de Brahma, num bar, é 8 reais, é 7, sei lá.. E você bebe… Os meus amigos bebem 10, 12, fácil, entendeu? E quando levo num bar de cerveja artesanal, eles começam a beber mais devagar porque eles sentem não só o sabor como também a porrada do álcool, que é outro departamento, né?

Cilene - Claro…

Lupulinas – Você acha que é muito difícil… A minha pergunta ficou longa, mas você acha que é muito difícil conseguir passar esse conceito pras pessoas do menos e melhor?

Cilene -Eu não acho difícil e não é modismo, como muita gente também estabelece num primeiro momento, sem entender as circunstâncias… Eu claramente enxergo como uma possível tendência. E quando eu falo possível é porque ela não é certa. Ela é uma tendência, mas ela não é certa. E eu vou te explicar por quê. A pergunta é complexa e a resposta é também um pouco. Existem alguns aspectos importantes pra estabelecer esse movimento deflagrado de consumo de cervejas com mais apelo gastronômico, digamos assim, produzidas por cervejarias de pequeno porte, artesanais ou de grande porte. Um exemplo é a Hoegaarden, que é uma cerveja de muita expressão, personalidade, uma marca global, produzida por grande cervejaria, num estilo que é muito pouco conhecido…

Lupulinas – Foi a discussão que teve nos Estados Unidos, né? A cervejaria grande produzir artesanal… O que é o artesanal?

Cilene – Exatamente!

Lupulinas – A cervejaria pode ser grande! Eu fui na Flying Dog, eu caí de costas! A fábrica é enorme!

Cilene – Pois é! A questão é: o artesanal, no sentido semântico, está em poucas mãos. Este conceito, nos Estados Unidos, está sendo largamente discutido porque algumas das mais expressivas micro cervejarias, até pouco tempo atrás, já não são mais micros! O fato é que, independentemente do volume de produção, quando você tem uma receita e um perfil sensorial muito particular de uma marca produzida por qualquer que seja a cervejaria, quer seja de pequeno ou de grande porte, e ela é bem respeitada e estabelecida, ela pode ser bem feita… Inclusive do ponto de vista técnico, muitas vezes, devo dizer algo que, pra alguns pode ser uma coisa polêmica, mas eu defendo facilmente que muitas vezes as chances de uma cerveja, qualquer que seja ela, ser bem feita numa grande cervejaria é maior do que numa pequena, a menos que essa pequena tenha uma tecnologia de ponta aplicada.

Lupulinas – Aham, entendi.

Cilene – Porque quando a gente fala de volume, sobretudo, mesmo em pequenas cervejarias, você vai numa, como você falou, na Flying Dog, eu duvido que você tenha visto qualquer coisa que não tenha sido produzido à base do botão. É tudo automatizado hoje em dia. E quando você faz a automação você traz uma acuidade, melhor dizendo, uma precisão muito maior na produção. E isola os erros involuntários do ser humano. Você traz uma repetibilidade, um bem feito, uma chance de bem feito maior. Claro que isso é pano pra manga! Mas, de qualquer forma, sem entrar muito nesse viés, mas o fato é: qualquer boa cerveja, ela pode ser feita por qualquer cervejaria, de pequeno ou grande porte. Esse é um aspecto importante que a gente tem no mercado brasileiro de uma maneira muito ampla. A gente tem todas essas cervejarias aí pra bem fazer cervejas. Considerando essa competência técnica, que tem se desenvolvido cada vez mais e melhor, e esse é um aspecto muito importante pra crescer o mercado, você tem que ter bons produtos pra apresentar ao mercado…

Lupulinas – Existem algumas escolas de cerveja no mundo, né? Belga, alemã, americana, dinamarquesa, inglesa, enfim… Pessoalmente, você tem alguma preferência por alguma escola? Alguma que você tenha paixão?

Cilene -Eu tenho absolutamente respeito a todas. Mas, paixão, não. De verdade, a minha paixão, ela é na essência da cerveja. Tanto que eu comentei antes: se você, em algum momento, precisar de mim pra defender as cervejas populares, você vai me ver lá defendendo as cervejas populares. Da mesma forma que as cervejas produzidas por pequenas empresas, num tom artesanal, de diferentes pegadas, de forças alcoólicas e aromas e amargores e qualquer coisa… Eu defendo as cervejas. O velho mundo teve tempo de sobra pra nos trazer sabedoria. Cada um desses núcleos do velho mundo, a saber, Alemanha, Inglaterra, Bélgica, esses grandes líderes do Velho Mundo, trazem uma sabedoria enorme, cada um na sua praia. Um através da ortodoxia, por exemplo, da lei de pureza alemã que foi capaz de fazer o estilo de cerveja mais popular do mundo. Quer sabedoria melhor que essa? Ao contrário, o extremo oposto, a Bélgica, na sua inventividade extrema, fazendo cerveja com o que lhe der na telha, traz uma amplitude, uma diversidade absurda. E é válida, igualmente válida.

Lupulinas – E na Bélgica estão os monastérios, os trapistas lotados de tradição!

Cilene – Exato! E os ingleses, que muitas vezes são negligenciados, como uma cerveja que “ah, não é muito lá nem cá, fica no meio do caminho”, do ponto de vista filosófico da produção de cervejas, talvez estejam, de fato, no meio do caminho das duas… Nem tão lá, nem tão cá. Nem 8, nem 80. E não há sabedoria nesse meio do caminho também? Você faz uma degustação às cegas com várias English Pale Ales, com Indian Pale Ales, Scotch Ales, e vê uma complexidade absurda! Pois há valor em todas elas. Nem mais nem menos, na minha visão. E do Novo Mundo, eu vejo os Estados Unidos como líder, como adolescente. Aquele típico da puberdade, sabe? Que vê tudo meio à base do exagero… [risos] “Vamos fazer a cerveja mais amarga!”, “Vamos fazer a cerveja mais alcoólica!”, “Vamos fazer a cerveja mais mais!”, “Vamos fazer a cerveja mais mais sempre!” Então tem essa pegada adolescente. E que tem uma auto-estima pra lá de exacerbada!

Lupulinas – Sim! Porque eles entendem também de publicidade…

Cilene – Pois é! Adolescente! [risos] E, na sociedade, adolescente não é importante também? Pra dar uma chamada na bunda dos velhos e falar…“Mexam-se!” E foi exatamente isso que os Estados Unidos fizeram com o Velho Mundo! E faz com o resto do mundo, inclusive com o Brasil. Ou seja, não existe preferência, existe uma vontade e de enxergar o que há de bom em todos eles e aproveitar o que há de melhor em todos eles.

Lupulinas – Como que você rebateria um comentário querendo diminuir um pouco o estudo da cerveja artesanal, a harmonização de pratos, a interação entre a cerveja e a gastronomia? Enfim, toda essa série de conceitos que, pra muita gente é pura frescura! Então defenda isso, assim, sucintamente.

Cilene – Tá. Ignorância é pura falta de conhecimento e entendimento sobre qualquer que seja o assunto. Ignorância é uma merda. Se a gente tiver oportunidade de entender um pouco mais da cultura ampla dessa bebida, do ponto de vista histórico, filosófico, gastronômico, a gente vai saber entender que perdem os que são preconceituosos e diminutivos em relação ao tema, eles vão sacar que estão perdendo tempo na vida pra ser feliz. Ponto.

Lupulinas – Ponto mesmo. Final, acabou nossa entrevista, [risos] Arrasou! Vamos desligar o bagulho!

 

E continuamos a beber a sensacional cerveja que Cilene trouxe do Canadá (uma Glutenberg, série Gastronomique Saison Froide, seca e refrescante, sem glúten e extremamente aromática, absolutamente maravilhosa) e depois continuamos o papo no De Bruer apreciando artesanais brasileiras e comendo delicinhas da casa.

PS – miga, esqueci de fazer fotos! /o\

Entrevista transcrita por Talita Castro (@tuttyupie).

Foto: Escola Superior de Cerveja e Malte.

Viva Vange Leonel

0 Comentario(s)
20140721-173900-63540756.jpg

No templo da cerveja, na Abadia Saint Sixtus, em Westvleteren, oeste da Bélgica, Vange e eu experimentamos as melhores trapistas do mundo.

Dia 14 de julho perdemos Vange Leonel.
O Lupulinas segue com ela no coração.

Cafuza, a cerveja brasileira que é o retrato da nossa miscigenação

6 Comentario(s)
destaque

Outro dia, no bar do Oliver (De Bruer), bebemos uma cerveja que é uma lenda entre os cervejeiros brasileiros. O nome, o rótulo, seu estilo, tudo é especial na Cafuza. Criada por dois paneleiros (como chamamos iniciantes criadores de receita cervejeira) a Cafuza surgiu em 2012 e hoje com a chegada de outro paneleiro amigo ela é produzida pela novíssima Cervejas Sazonais em parceria com a Cervejaria Invicta. Levamos um papo com Leonardo Satt que conta a história do inicio de sua paixão por artesanais e a evolução da Cafuza no meio cervejeiro. E, nós Lupulinas, damos a dica certeira: quando encontrar uma Cafuza não deixe pra depois! Ela tem uma personalidade única, o equilíbrio perfeito entre malte e lúpulo e, embora, tenha 8% de teor alcoólico o que fica na boca é um gosto de malte torrado, chocolate e lúpulo. Ela é uma das melhores artesanais que experimentamos pelo mundo. Uma delícia, não só para quem é lupulomaníaco, mas também para quem aprecia a arte de fazer uma cerveja realmente redonda.

Lupulinas – Como foi que voce se apaixonou por cerveja a ponto de querer produzir a sua propria?
Leo – Nunca fui de beber muita cerveja. Na faculdade bebia apenas socialmente mesmo, em alguns eventos e festa. Na verdade eu não gostava de cerveja. Até descobrir a cerveja artesanal. Ai descobri pq não bebia cerveja, pois só conhecia as comerciais de massa sem sabor. Isso foi em 2007. Não tenho certeza qual foi minha primeira cerveja especial que tomei, mas há grandes chances de ter sido uma Erdinger. Desde então comecei a vasculhar blogs e fóruns de cerveja, e procurar novos rótulos e novas lojas, pois essa época era muito escassa de variedades. Até que em algum fórum alguém disse que fazia sua própria cerveja.

Lupulinas – Quais cursos fez ou o que voce leu pra chegar ao conhecimento que tem do processo de criação e produção de uma receita?
Leo – Em 2007 comecei a pesquisar sobre o assunto. Fiz um curso básico de produção no Bar Brejas, em Campinas, em 2010, pois não existia curso na cidade de São Paulo ainda, comecei a ler todos os livros disponíveis até então, entre eles o mais famoso HOW TO BREW, do John Palmer, até que comprei os equipamentos e comecei a produzir. As primeiras levas não ficaram exatamente como eu esperava mas estavam bebíveis. Acredito que só após a 5ª leva que as pessoas começaram a gostar da minha cerveja. E o aprendizado continua até hoje, sempre que algum livro é lançado fora do Brasil (pois a disponibilidade aqui ainda é muito pequena) eu compro.

Lupulinas – Em nossa opinião, a Cafuza é uma das melhores cervejas que experimentamos. Conte a historia de sucesso vertiginoso que a Cafuza teve.
Leo – O legal desse meio é sempre conhecer pessoas novas. Conheci muita gente nesse meio, e muitos até se tornaram amigos. E em muitas vezes chamamos esses amigos em casa para brassarmos juntos, fazer um churrasco, beber cervejas de outras levas. Uma vez eu comprei um pacote de 250g de lúpulo (pacote fechado) para fazer uma imperial IPA, mas como era muito lúpulo para 20L, dividi o pacote com o Bruno Moreno, que queria fazer uma India Black Ale. Foi ai que surgiu a idéia de fazermos uma Imperial India Black Ale, colaborativa entre nós dois. O Bruno montou a receita e eu o processo de produção, entre temperaturas de brassagem e fermentação. A partir daí foi natural o nascimento da Cafuza, uma miscigenação de India com Black. Fizemos várias levas, alguns ajustes, e enviamos garrafas para conhecedores de cerveja, donos de bares, sommelieres, e tivemos um retorno muito positivo da parte de todos.

Lupulinas – Como uma parceria se estabelece na criação de uma cerveja?
Leo – O sonho de quase todo cervejeiro caseiro é ter uma cervejaria, e isso não necessita de enormes e caros equipamentos. Eu tenho a minha cervejaria que se chama Prima Satt, e o Bruno tem a Serra de Três Pontas. Numa dessas brasagem em conjunto, chamamos o Luciano Silva, da Cervejaria Noturna, para brassarmos no mesmo dia da Cafuza, outra cerveja, a Mameluca (uma Rye India Pale Ale). Começamos as 8:30 e acabamos as 20:00h. A entrada dele foi natural, e nesse momento soubemos que poderíamos nos juntas oficialmente para criar a Cervejas Sazonais, uma Holding cervejeira, composta pelas cervejarias: Serra de Três Pontas, Noturna e Prima Satt.

Lupulinas – as primeiras produções da Cafuza foram de panela. Depois voces partiram para uma associação com a Cervejaria Nacional e serviram Cafuza na torneira. Agora a remessa nasce de uma nova companhia e em parceria com a Invicta. Quantos foram os litros produzidos em cada fase e quais são os projetos da nova Cervejas Sazonais?
Leo – Depois da repercussão que a Cafuza fez, fomos convidados pela CN para produzir 400L (que eles chamam de Sazonal). O dia do lançamento foi uma festa bem agradável, com muitos familiares e amigos presentes. Então começamos a visitar cervejarias que estivessem dispostas e que tivessem capacidade para produzir a Cafuza, até que chegamos na Invicta. Foi uma brasagem difícil, pois precisamos brassá-la 3 vezes para encher o fermentador de 3.000L. Começamos na quinta feira as 14:00 e acabamos na sexta as 18:00. Paramos apenas para dormir.

Lupulinas – Como os sócios se dividem nas funções que são necessárias em uma micro cervejaria artesanal?
Leo – Todos fazem de tudo um pouco. Trabalhamos sob demanda e todos se ajudam para nos sobrecarregarmos por igual. Como fazemos parceria com microcervejarias, conseguimos focar mais nos produtos em produção, produtos e a serem lançados, vendas, promoção de vendas, distribuição, e menos na administração do negócio em si como compra de insumos, processo de produção (apesar de acompanharmos o processo todo).

Lupulinas – A Cervejas Sazonais tem a radicalidade de suas receitas já como marca. Fale sobre as maravilhas que voces já fizeram em conjunto ou separadamente e quais escolas cervejeiras fazem a cabeça de voces.
Leo – Temos uma pequena queda pela escola Americana, mas o mercado cervejeiro é muito amplo e queremos abranger a maior quantidade de estilos possíveis, e quem sabe, criar alguns novos, mantendo sempre a personalidade. Esse é e será um grande desafio para nós pela restrição de equipamentos disponíveis no Brasil para as loucuras que queremos criar. Mas não será impeditivo.

Lupulinas – Como voce mesmo diz, os planos são muitos e podemos esperar grandes lançamentos radicais. Lança uns spoilers pro nosso leitor…
Leo – O próximo lançamento será a Green Dream, da Cervejaria Noturna, uma IPA com 7,5% ABV e 80 IBUs (International Bitterness Units). Mas temos algumas (muitas) receitas prontas e outras em desenvolvimento nos melhores laboratórios cervejeiros existentes, que são as cozinhas de nossas casas.

Lupulinas – Nós, Lupulinas, adoramos um rótulo criativo e bem excecutado. Percebemos que voces tambem! Quem fez o rótulo da cafuza?
Leo – Cilmara, com relação ao rótulo da Cafuza, queríamos mostrar realmente a obra de arte que é essa miscigenação dos nosso povo. Esse é um quadro antigo, com mais de 150 anos, e achamos que representaria bem a ideia que gostaríamos de passar, da mistura de negros e índios.

Cafuza
Estilo: Imperial India Black Ale
ABV 8,5%
IBU 110
produzida pela Cervejas Sazonais em parceria com a Cervejaria Invicta

Fotos: Divulgação.

Apps para um bom cervejeiro

8 Comentario(s)
20140625-153803-56283038.jpg

A cerveja artesanal tem variedades e procedências que a industrial nem chega perto. Enquanto as micro-cervejarias inovam com rótulos e receitas novas, a grande indústria sofre quando quer mudar alguma coisa e seu produto é massificado e sem nuances. Mas como ter acesso a esta quantidade de dados sem ficar andando com pesados volumes de guias e enciclopédias?  Tranqüilo. É só baixar apps em seu tablete e/ou celular e compartilhar redes sociais, localizar bares onde a artesanal é vendida, brincar em joguinhos temáticos e saber mais da cerveja que você está bebendo. Vamos falar de alguns, mas é imensa a quantidade de apps que são oferecidos todos os dias nas lojas de iOS e Android. Ah! Demos preferência a apps grátis para que você vá se familiarizando antes de gastar seu rico dinheirinho.

Untappd – uma referência entre os aplicativos, ele é uma espécie de Foursquare do cervejeiro. É uma verdadeira rede social onde você compartilha com seus amigos as cervejas bebidas, atribui notas a elas e ainda dá check-in nos bares que você vai. O Untappd também dá dicas de cervejas a beber a partir da análise das que você gosta. Em inglês, para iOS e Android.

RateBeer – é um enorme banco de dados com cervejas do mundo todo e, como o nome diz, avaliações de outros usuários. Além disso, ele identifica a cerveja escaneando o código de barras. Em inglês, para iOS e Android.

Lokobeer – ainda está no começo e com os usuários colaborando para a enciclopédia. Este app tem a vantagem de ser em português e dirigido para nosso mercado de artesanais. Além disso, tem várias secções com joguinhos, dicas de uso de copos, buscador de cervejas e bares, eventos do mundo cervejeiro e uma interface bem amigável. E é legal você colaborar para que o banco de dados cresça seja catalogando um bar ou uma micro-cervejaria. Para iOS e Android.

Pintley – este app tem a pretensão de funcionar no mundo todo, mas é lógico que a inserção de dados é muito maior na Europa e nos Estados Unidos do que por aqui. Ele lista bares a partir da geolocalização de seu celular e compartilha seus dados com Facebook e Twitter. Faz sugestões de cervejas baseadas em seu gosto pessoal. Em inglês para iOS e Android.

Cervaonde – também construindo seu banco de dados, atualmente cobre mais o Rio de Janeiro indicando bares e pesquisando onde você pode encontrar sua artesanal preferida. Também oferece brincadeiras para escolher o motorista da rodada, divide a conta no bar e é bem funcional. Em português, para iOS mas promete no final de junho ter sua versão para Android.

Eisenbahn – neste app disponibilizado pela cervejaria você encontra um verdadeiro manual para ter sempre perto. Ele conta a história da cerveja artesanal, dá explicações sobre os estilos de cerveja, dá dicas sobre copos a serem usados e ainda te ensina a saborear e avaliar o que você está bebendo. Com ele você também pode localizar o bar mais próximo que ofereça cerveja artesanal. Em português, para iOS e Android.

Bier Tab – quatro mil cervejas de todo o mundo catalogadas, com avaliações e dados sobre sua procedência, graduação alcoólica, tipo de copo e tudo o mais. Nele você compartilha sua opinião e tem uma média da opinião de outros usuários. Em português, para iOS e Android.

Quando você viajar para outros países ou mesmo aqui no Brasil procure nas lojas de apps os que focalizam o lugar que você for visitar. Tem apps sobre micro-cervejarias em Santa Catarina, Bélgica ou qualquer outra região.

Outros apps legais são revistas online que focalizam nas artesanais suas matérias e secções.

Normalmente, oferecem alguns números para baixar na faixa e depois passam a cobrar por número baixado. Destacamos as brasileiras Good Beer 4All, Beer Culture, Guia da Cerveja, Beer Art e Revista da Cerveja. Em inglês, a Beer & Brewer Magazine, Craft Beer e a Brew Your Own Magazine.

E quando você estiver no bar ou em qualquer outro lugar sozinho jogue o 99 bottles e veja até quando você ainda acerta em alvos à sua frente. Boa sorte!